FHC defende Caixa 2 há muito tempo
O Conversa Afiada publica contribuição do amigo navegante Ivan Ralph Godoi:
Caro Paulo Henrique, acompanho o seu trabalho através do blog e li o seu livro O Quarto Poder. Só tenho elogios ao seu trabalho, assim como o de outros blogueiros sérios que, como você, são tão necessários hoje em dia para que tenhamos acesso à verdade dos fatos.
Gostaria apenas de lembrá-lo sobre esta interpretação torta e conveniente que atualmente o Príncipe da Privataria vem divulgando sobre dinheiro sujo e dinheiro limpo - este posicionamento dele vem de longa data. Pelo menos desde o primeiro trimestre de 1991.
No livro O Príncipe da Privataria, do Palmério Doria, o editor Luíz Fernando Emediato narra um seminário sobre a cultura brasileira ocorrido em San Francisco, promovido pela atriz e empresária Ruth Escobar, com o apoio do Itamaraty, do qual participaram, além do próprio Emediato, FHC, Dona Ruth, Eduardo Suplicy, Marta Suplicy, Bolívar Lamounier, João Sayad e outros.
Lá pelas tantas, FHC comenta espontaneamente "sobre o financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas, com recursos não contabilizados - o caixa 2 - e admitiu que nenhum partido e nenhum candidato podia naquela época prescindir desses recursos ilegais.
E observava: - Assim é, mas a diferença entre nós e "eles" é que nós gastamos o dinheiro nas campanhas, enquanto "eles" enfiam uma boa parte em seus próprios bolsos.
Este relato do Emediato está em Notas do Editor nas páginas 9 e 10.
Como vê esta interpretação torta e conveniente do Príncipe da Privataria já vem de longa data.
Ivan Ralph Godoi