Como líder, tudo o que você fizer será acompanhado de perto, e eu não sou imune. Como muitos de vocês viram, o resultado da minha fotografia na Praça Lafayette na semana passada provocou um debate nacional sobre o papel dos militares na sociedade civil. Eu não deveria estar lá. Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção de que militares poderiam estar envolvidos na política doméstica. Como oficial comissionado, foi um erro, com o qual aprendi e espero sinceramente que todos possamos aprender. Nós, que vestimos a farda de nossa nação, viemos do povo de nossa nação, e devemos defender o princípio de um exército apolítico, que está tão profundamente enraizado na própria essência de nossa República.
EUA: general pede desculpas por participar de ato político com Trump
Por Fernando Brito, do Tijolaço - Se gostam tanto de mirar-se no exemplo norte-americano, os generais brasileiros deveriam assistir ao vídeo divulgado hoje pelo militar que ocupa o mais alto posto dos Estados Unidos, general Mark Milley, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.
Nele, Milley pede, literalmente, desculpas por ter estar ao lado de Donald Trump na caminhada até a Igreja de St. John, ao lado da Casa Branca, onde o presidente ergueu uma Bíblia e sugeriu usar o Exército contra os protestos anti-racistas, na semana.
Nossos generais da reserva que se prestam a acompanhar Jair Bolsonaro a manifestações que pregam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal poderiam perder 48 segundos para ouvir as palavras de Milley.
Porque os da ativa o farão.
Leia a transcrição do que ele fala, logo abaixo do vídeo, ao final.