Guardian mostra como as fake news elegeram Bolsonaro
Original: Pedro França/Agência Senado
O jornal britânico The Guardian publicou hoje em seu site uma análise que demonstra como a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 foi beneficiada por uma avalanche de fake news.
O aplicativo, de propriedade do Facebook, é utilizado por mais de 120 milhões de pessoas no Brasil.
O jornal teve acesso ao WhatsApp Monitor, um banco de dados mantido pela Universidade Federal de Minas Gerais, composto por milhares de mensagens compartilhadas diariamente em grupos do aplicativo.
A ferramenta forneceu ao Guardian cerca de doze mil mensagens compartilhadas durante o período eleitoral.
O resultado é estarrecedor: cerca de 42% de todas as mensagens classificadas como favoráveis à direita - conteúdos criados apoiadores de Bolsonaro, por exemplo - eram falsas!
Em comparação, apenas 3% das mensagens com conteúdos de esquerda eram fakes.
Das fake news direitistas, aproximadamente 48% tratavam de supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Outros 14% eram ataques diretos a figuras da esquerda - na maior parte das vezes, utilizando xingamentos e apelando a discursos racistas, homofóbicos e sexistas.
O WhatsApp é um dos alvos da CPI das Fake News, que teve início nesta quarta-feira 30/X com depoimento do deputado federal Alexandre Frota, ex-bolsonarista.
Em 8/X, o WhatsApp admitiu o alto impacto das notícias falsas espalhadas através do aplicativo no processo eleitoral de 2018.
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |
Leia também no Conversa Afiada:
- WhatsApp admite impacto das fake news nas eleições de 2018!
- Em 10 meses, Bolsonaro já espalhou 400 fake news!
- MP suspeita de laranjas no WhatsApp do Bolsonaro
- Empresa que espalhou fake news pró-Bolsonaro usou dados sigilosos da Câmara
- Bolsonaro mobilizou o fascismo via WhatsApp
- Frota: Bolsonaro protege e financia terroristas virtuais!
- CPI das Fake News vai ouvir WhatsApp, Facebook e agências de marketing
- Moraes: via WhatsApp, grupos promoveram lavagem cerebral nas eleições!