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Guerra no PSL é uma disputa pelo fundo partidário!

Aliados de Bolsonaro podem criar nova sigla ou migrar para outra já existente
publicado 09/10/2019
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Acabou o amor... (Créditos: Divulgação/PSL)

Ontem 8/X o Conversa Afiada mostrou que, em mais um encontro com fãs na porta do Palácio da Alvorada (ele pegou essa mania do Trump), Jair Bolsonaro fez críticas abertas ao presidente do próprio partido, Luciano Bivar.

"Esquece o PSL. Tá? Esquece", disse o Jair Messias a um apoiador que pediu para gravar um vídeo citando os nomes de Bolsonaro e Bivar.

O presidente continua: "O cara tá queimado pra caramba. Entendeu? Esquece o cara. Esquece o partido".

Assista:

Reprodução: YouTube/Cafezinho com Pimenta

Luciano Bivar, deputado federal e presidente nacional do PSL, é suspeito de integrar um esquema de candidaturas laranja em Pernambuco, nas eleições do ano passado.

(Assim como o ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antonio. A diferença é que Bivar teria armado o esquema em Pernambuco e Álvaro Antonio em Minas Gerais...)

Obviamente, Bolsonaro sabia que estava sendo gravado.

Trata-se de mais um capítulo escancarado da briga entre duas alas do PSL - uma liderada por Bolsonaro, seus filhos e aliados mais próximos, e outra mais alinhada ao presidente da sigla.

É uma disputa pelo controle da máquina partidária - e, como bem lembra Bernardo Mello Franco em sua coluna no Globo, é especialmente uma briga pelo controle de uma bolada de R$ 737 milhões.

É esse o valor que o PSL deve receber do fundo partidário - dinheiro dos cofres públicos - até 2022!

A quantia pode ainda aumentar, caso os parlamentares aprovem o aumento do fundo eleitoral nos próximos dias.

E como a bancada do PSL reagiu ao "flagra" de Bolsonaro?

O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir, afirmou que o caso do laranjal do PSL em Minas e Pernambuco está sob investigação. "Mas o filho do presidente também!"

Major Olímpio, líder da sigla no Senado, disse estar "perplexo"!

Júnior Bozella, deputado federal por São Paulo, afirma que Bolsonaro quer encobrir o caso Queiroz!

Outro deputado, Felipe Francischini, resumiu o sentimento do restante da bancada: "se o presidente Bolsonaro fala as coisas, ele tem que explicar".

E agora?

Para onde vão os Bolsonaros?

Dois caminhos são possíveis - e, segundo o Globo, já estão sendo discutidos.

Um deles seria criar um novo partido do zero. É uma alternativa mais demorada, mas que já está encaminhada. A nova sigla se chamaria "Conservadores" e conta com o apoio de Eduardo Bolsonaro, filho 03 do Jair Messias - aliados de Eduardo, inclusive, já estariam preparando o manifesto do novo partido.

Outra saída seria a migração de Bolsonaro e de seus aliados mais próximos para outro partido. O Patriota - antigo Partido Ecológico Nacional - é a opção mais provável, enquanto uma versão renovada da UDN - União Democrática Nacional, o principal partido conservador pré-Golpe de 1964 -, em fase final de homologação no Tribunal Superior Eleitoral, já afirmou que está de portas abertas para a família Bolsonaro.

Caso de fato Bolsonaro deixe o PSL, ele poderia levar, de carona, entre 20 a 30 deputados para seu novo partido. Já os parlamentares que permanecerem com o partido poderão realizar uma fusão com outra legenda.

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