Haddad ataca os hipócritas do frio
Quem abriu os braços foi o Haddad (Crédito: Fernando Pereira/SECOM)
O Conversa Afiada reproduz nota do (excelente) prefeito Fernando Haddad sobre os que querem usar o frio para esquentar suas aspirações políticas.
Muitos na pseudo-esquerda, essa que se esqueceu de impedir o Golpe:
MENTIRA E HIPOCRISIA
A grande imprensa foi tomada por uma inédita preocupação com higienismo e moradores em situação de rua. Tanto melhor. Trata-se de população extremamente vulnerável. Há entre eles pessoas de todo tipo: trabalhadores desempregados, usuários e dependentes de drogas, egressos do sistema prisional e pessoas com enfermidades.
Quando criamos o Programa "De Braços Abertos (DBA)", os dois principais jornais da cidade adotaram posição editorial contrária ao programa. Ele visa, como se sabe, diversificar o atendimento da assistência para atrair o morador em situação de rua dependente de crack para os serviços oferecidos pela prefeitura. No momento em que o programa recebe reconhecimento internacional é o jornal O Globo que dá a notícia.
Hoje, a imprensa me acusa de querer isentar a Prefeitura de responsabilidade pelos óbitos da última frente fria.
Não é verdade.
A GCM foi acusada de provocá-las mediante a retirada ilegal de cobertores. Durante toda semana, investigamos estes óbitos, procurando cruzar duas informações: a causa da morte e a rotina da Guarda. Não encontramos nenhuma correlação entra a ação da Guarda e os óbitos.
Se entendêssemos que o frio não mata jamais teríamos aberto 1,5 mil vagas provisórias durante o inverno, além das 2 mil permanentes, criadas desde 2013, um aumento de 25%.
Serviços inéditos foram criados para além do DBA: para LGBTs (Transcidadania), para imigrantes, para famílias (Família em Foco), etc. Nenhuma cobertura da imprensa.
O que se ouve nas redes são referências ao bolsa-crack e bolsa-traveco, expressões, estas sim, de desrespeito à população vulnerável.
Continuaremos a diversificar o atendimento da assistência, em combinação com saúde, segurança urbana, educação e trabalho, para proteger essa população, na melhor tradição de respeito aos direitos humanos.
Quem romantiza a permanência na rua em situação de risco extremo não somos nós. Não sejamos hipócritas.
SECOM