Haddad: o que os generais bolsonaristas querem com mais R$ 500 bilhões em seu orçamento?
(Ricardo Stuckert)
"O ministro da Defesa de Bolsonaro afirmou que o gasto militar brasileiro “não é condizente à estatura do país” e reivindicou que ele subisse do patamar atual, de 1,3% do PIB, para 2%", destaca Fernando Haddad em sua coluna na Folha de S.Paulo neste sábado 18/VII.
"O que os generais bolsonaristas pretendem com R$ 500 bilhões a mais no seu orçamento em dez anos? O Plano Nacional de Defesa bolsonarista dá a pista. O texto, ao qual a imprensa teve acesso, destaca a possibilidade de 'tensões e crises' no continente que poderiam obrigar o Brasil a mobilizar esforços na defesa de interesses do Brasil na Amazônia e Atlântico Sul (pré-sal)", prossegue.
Diante disso, Haddad reflete: "quando questionado, no ano passado, se cumpriria a ameaça, feita pelo clã, de atacar a Venezuela, Bolsonaro afirmou: 'Não vamos falar de invasão, não estamos bem de armamento, nós não podemos fazer frente a ninguém'. A dúvida que fica é se, além do salário do almirante brasileiro que serve os EUA, o contribuinte brasileiro também vai pagar por uma guerra que não é nossa contra um vizinho que nunca representou uma ameaça à soberania brasileira".