JBS pagou o Golpe contra Dilma na Câmara
Do G1:
O dono do frigorífico JBS Joesley Batista contou à Procuradoria Geral da República (PGR), em sua delação premiada, que deu R$ 30 milhões ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para bancar a campanha do peemedebista à presidência da Câmara, em 2015. Segundo o empresário, Eduardo Cunha – atualmente preso pela Lava Jato em Curitiba – "saiu comprando um monte de deputados Brasil a fora".
O novo delator da Operação Lava Jato afirmou ao Ministério Público que os R$ 30 milhões foram repassados ao ex-presidente da Câmara da seguinte forma:
- R$ 5,6 milhões em doação oficial
- R$ 12 milhões em dinheiro vivo
- R$ 10,9 milhões por meio de pagamentos com notas frias
À época, o deputado do PMDB venceu a eleição interna da Câmara no primeiro turno, derrotando o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tinha o apoio dos articuladores políticos do governo Dilma Rousseff. Na ocasião, Cunha obteve 267 dos 513 votos da Casa, e Chinaglia, 136.
Joesley Batista contou detalhes do repasse de dinheiro ao deputado cassado ao ser questionado pelos procuradores da República sobre o valor que havia sido solicitado por Eduardo Cunha.
"R$ 30 milhões. Foi trinta. Nós demos trinta. Pago R$ 10 milhões com nota fria de fornecedores diversos que ele [Cunha] apresentava", explicou o delator.
"Pelo que eu entendi, ele [Cunha] saiu comprando deputado, saiu comprando um monte de deputados Brasil a fora. Para isso que servia os R$ 30 milhões", complementou.
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