Jean Wyllys repete Boff e defende mandato de Dilma
“Se os pobres tivessem noção do que querem lhes impor, impediriam esta farsa”
publicado
17/04/2016
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Saiu no Viomundo:
Jean Wyllys repete Boff: “Se os pobres tivessem noção do que querem lhes impor, impediriam esta farsa”; Paim diz que impeachment não passaria no Senado
Apesar de pertencer ao PSOL, Jean Wyllys fez o discurso mais coerente e contundente em defesa do mandato de Dilma Rousseff na Câmara; o STF negou pedido do deputado carioca para que Eduardo Cunha fosse impedido de votar
Da Redação
A oposição foi dormir otimista, certa de que alcançará os 342 votos necessários à abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
É o número que realmente importa.
Depois de se desdizer algumas vezes, o deputado Paulo Maluf foi recebido por Michel Temer em Brasília e disse que votará contra Dilma. Não é um bom sinal, já que Maluf jamais sobreviveria longe do poder.
Temer, que pretendia acompanhar o resultado de São Paulo, voltou a Brasília. No twitter, praticamente assumiu a cadeira de Dilma, desmentindo que cortará programas sociais quando se tornar presidente.
O ex-presidente Lula deixou Brasília, mas governadores do PT ainda trabalham para reverter votos.
A estratégia petista incluiria agora promessas de apoio em eleições municipais.
Lula, aliás, teria ainda um encontro com o dirigente de uma legenda com 22 deputados, com o objetivo de prometer apoio em campanhas no Rio de Janeiro e em São Paulo em troca dos votos necessários a barrar o processo na Câmara. Tentativas de confirmar o encontro foram infrutíferas.
As manobras devem continuar até muito perto das duas da tarde deste domingo, horário previsto para a votação.
Ainda que importantes lideranças do PT acreditem que é possível negar os 342 votos necessários à oposição através de várias estratégias — ausências, por exemplo –, alternativas passam a ser abertamente consideradas.
O influente deputado Wadih Damous (PT-RJ) acenou com a possibilidade de uma campanha apoiada pelo PT com o objetivo de realizar eleições gerais em outubro. É uma ideia que tem apoio em outros partidos, como o PSOL e a Rede.
Já o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que, se aprovada a abertura do processo, Dilma dificilmente será condenada no Senado:
Não acredito que o impeachment passe na Câmara dos Deputados, mas faço um alerta aos navegantes. No Senado são duas votações: a primeira é pela admissibilidade do processo, precisando de votação simples, metade + 1 dos votos dos presentes. A segunda votação é a decisiva, precisando de 2/3 dos votos, ou seja, 54 votos — e será sob a direção do presidente do STF. Estou há 13 anos no Senado e nesse tempo todo ninguém conseguiu 2/3 dos votos, a não ser por acordo. No Senado Federal o impeachment não passará. Quem fizer acordo oportunista dançará! Quem viver verá!
Da Redação
A oposição foi dormir otimista, certa de que alcançará os 342 votos necessários à abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
É o número que realmente importa.
Depois de se desdizer algumas vezes, o deputado Paulo Maluf foi recebido por Michel Temer em Brasília e disse que votará contra Dilma. Não é um bom sinal, já que Maluf jamais sobreviveria longe do poder.
Temer, que pretendia acompanhar o resultado de São Paulo, voltou a Brasília. No twitter, praticamente assumiu a cadeira de Dilma, desmentindo que cortará programas sociais quando se tornar presidente.
O ex-presidente Lula deixou Brasília, mas governadores do PT ainda trabalham para reverter votos.
A estratégia petista incluiria agora promessas de apoio em eleições municipais.
Lula, aliás, teria ainda um encontro com o dirigente de uma legenda com 22 deputados, com o objetivo de prometer apoio em campanhas no Rio de Janeiro e em São Paulo em troca dos votos necessários a barrar o processo na Câmara. Tentativas de confirmar o encontro foram infrutíferas.
As manobras devem continuar até muito perto das duas da tarde deste domingo, horário previsto para a votação.
Ainda que importantes lideranças do PT acreditem que é possível negar os 342 votos necessários à oposição através de várias estratégias — ausências, por exemplo –, alternativas passam a ser abertamente consideradas.
O influente deputado Wadih Damous (PT-RJ) acenou com a possibilidade de uma campanha apoiada pelo PT com o objetivo de realizar eleições gerais em outubro. É uma ideia que tem apoio em outros partidos, como o PSOL e a Rede.
Já o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que, se aprovada a abertura do processo, Dilma dificilmente será condenada no Senado:
Não acredito que o impeachment passe na Câmara dos Deputados, mas faço um alerta aos navegantes. No Senado são duas votações: a primeira é pela admissibilidade do processo, precisando de votação simples, metade + 1 dos votos dos presentes. A segunda votação é a decisiva, precisando de 2/3 dos votos, ou seja, 54 votos — e será sob a direção do presidente do STF. Estou há 13 anos no Senado e nesse tempo todo ninguém conseguiu 2/3 dos votos, a não ser por acordo. No Senado Federal o impeachment não passará. Quem fizer acordo oportunista dançará! Quem viver verá!