Jornalista alemão chama "Aliança Pelo Brasil" de "SS Tupiniquim"
Artista plástico presenteou a "Aliança Pelo Brasil" com painel feito de projéteis (Reprodução/Redes Sociais)
O painel com o logotipo da "Aliança Pelo Brasil" formado por cartuchos de balas, exibido durante a cerimônia de lançamento do novo partido de Jair Bolsonaro nesta quinta-feira 21/XI, suscitou muitas dúvidas a respeito da natureza da nova sigla.
"O que está nascendo é um partido ou um grupo paramilitar?", perguntou a candidata à vice-presidência em 2018 Manuela d'Ávila, do PCdoB, em seu Twitter.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) complementou: "aliança fascista e com clara inspiração paramilitar é lançada por quem está no poder. Pode?"
O jornalista alemão Gerd Wenzel, comentarista da ESPN Brasil e colunista da Deutsche Welle, comparou o evento de outubro de 2019 a outro momento histórico - um que aconteceu na Alemanha em abril de 1925:
"Nascimento da SS tupiniquim. A SS era uma organização paramilitar do Partido Nazista. Uma tropa de choque utilizada contra adversários políticos", disse o jornalista.
Nascimento da SS tupiniquim. A SS era uma organização paramilitar do Partido Nazista. Uma tropa de choque utilizada contra adversários políticos. https://t.co/2KSGN8ToaX
— Gerd Wenzel (@gerdwenzel) November 22, 2019
"Todo dia a democracia brasileira é fustigada de alguma forma", completou Wenzel. "Ontem [21/XI] foi a vez de se fundar um partido com base na bala".