Justissa do Paraná contraria STF e manda Marcelo Auler indenizar delegada

O STF derrubou a liminar que censurou o Blog. 

A justiça do PR manteve a censura em sentença: o leitor ganhou, mas não levou!

Em recurso ajuizado quinta-feira (12/07) junto ao Tribunal Recursal de Curitiba (PR), o escritório Rogério Bueno Advogados Associados contesta a decisão do 8º Juizado Especial Cível de Curitiba que, contrariando o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a censura ao Blog Marcelo Auler - repórter. Em sentença elaborada pela juíza leiga Bruna Alexandra Radoll Neumann, a censura a duas reportagens pedida pela delegada de polícia federal Erika Mialik Marena foi mantida, apesar de no último dia 5 de junho a 1ª Turma do STF ter cassado a liminar do juiz Nei Roberto de Barros Guimarães, titular do 8º Juizado, que em 30 de março de 2016 determinou que as postagens fossem retiradas do Blog. Para Barros Guimarães, a decisão dos ministros do STF não atinge à sentença e sim a liminar que tinha sido dada. Na sentença, contrariando as provas juntadas aos autos, o Blog está sendo obrigado a indenizar a delegada em R$ 10 mil.

Agradecimentos do Blog: Ao longo destes dois anos em que estamos respondendo a este e outros processos, temos recebido apoios importantes. Inicialmente, neste caso, dos advogados do escritório Rogério Bueno Advogados Associados, de Curitiba, que nos defendem “Pró Bono”. Também agradecemos a todos que de forma direta, como o ex-ministro Eugênio Aragão e o delegado de Polícia Federal aposentado Paulo Fernando Lacerda, contribuíram com a nossa defesa. Incluímos neste agradecimento todos aqueles que, sem aparecerem, nos ajudaram com informações e documentos que nos permitiram escrever a reportagem e, agora, nos defendermos. Necessário registrar ainda o apoio de todos os colegas jornalistas, entre eles todos os "blogueiros", bem como de entidades que saíram na defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão, como a Federação Nacional dos Jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e o Instituto Vladimir Herzog, parceiros na Reclamação junto ao STF. Por fim, mas não menos importante, agradecemos ao leitores e seguidores que nos apoiam e nos ajudam, de forma diversa, inclusive com contribuições que sustentam os gastos processuais, ao longo de todo este tempo. Esperamos continuar contando com a confiança dos mesmos e oferecendo aquilo que sempre nos dispusemos: informação honesta e fidedigna.