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Lava Jato quer botar na cadeia diretor do Alckmin

DERSA fazia a "logística" do Roubanel Tungano
publicado 27/07/2018
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Do vencedor do troféu Conexões Tigre, no Estadão:

Lava Jato denuncia ex-secretário de Alckmin por organização criminosa e desvios no Rodoanel Norte


A força-tarefa da Operação Lava Jato, em São Paulo, denunciou à Justiça Federal nesta sexta-feira, 27, o ex-presidente da Dersa Laurence Casagrande Lourenço – preso pela Operação Pedra no Caminho desde junho – por supostos desvios nas obras do trecho Norte do Rodoanel. Além de Laurence, que foi secretário de Logística e Transportes do Governo Alckmin (PSDB), outros 13 investigados são acusados por crimes de fraude à licitação, falsidade ideológica e organização criminosa.

Ministério Público Federal também requereu que seja aberto um inquérito em separado para apurar corrupção e crimes financeiros.

A acusação da Procuradoria da República levada nesta sexta à Justiça mira fraudes nos lotes 1, 2 e 3 do Rodoanel Norte.

A Lava Jato requereu a manutenção das investigações sobre os lotes 4 e 5.

Pedra no Caminho foi deflagrada em 21 de junho. Na ocasião, também foi preso o então diretor da Dersa Pedro da Silva. O ex-presidente da estatal paulista Laurence teve sua prisão temporária por cinco dias prorrogáveis – convertida em preventiva – no dia 30, após uma ex-funcionária da Dersa ter afirmado à Justiça ter sido orientada a triturar documentos.

As obras do Rodoanel foram divididas em seis lotes. A construção teve início em 2013 e está em andamento.

Investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou irregularidades e superfaturamento de centenas de milhões de reais, por meio da celebração de aditivos contratuais desnecessários, visando à apropriação indevida de recursos públicos em prejuízo da União, do Estado de São Paulo e do BID.

As obras tiveram recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa, estatal responsável por obras rodoviárias de São Paulo.

De acordo com os investigadores, para maquiar o sobrepreço adotou-se o ‘jogo de planilhas’, método ‘comum em fraudes a licitações’ em que os itens são contratados de forma global. O licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros para colocar-se artificialmente como menor preço global.

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