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Luciana, o plebiscito e a governabilidade

​"Quero plebiscito, porque quero fazer parte da política"
publicado 01/08/2016
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Fora Temer” e “volta, querida”, não bastam.

Foi assim que Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB e deputada federal por Pernambuco, começou a exposição sobre o tema “plebiscito e governabilidade”, com que se encerrou o estimulante e trepidante Congresso Nacional da UJS, em São Paulo.

O ansioso blogueiro esteve lá, nessa sexta-feira 29/julho e vai tentar resumir aqui a lúcida exposição de Luciana.

Os jovens que subiram à tribuna para falar pareciam não ter duvida sobre a necessidade de se convocar um plebiscito, como, pioneiramente, o próprio PCdoB já propôs.

Mas, dois deles, a Mel e o Tarcísio, pareciam ter dúvida sobre como o plebiscito poderia garantir uma futura governabilidade.

Foi aí que Luciana interveio:

- Temer é contra o povo, entreguista e mais neoliberal que o FHC, porque não passou pelo crivo das urnas;

- Vamos relembrar alguns acontecimentos da História: Jango só assumiu a presidência em 1961 porque aceitou o Parlamentarismo, sob condições;

- o Parlamentarismo era a saída para um impasse político;

- e Jango aceitou desde que, daí a um ano, houvesse um plebiscito;

- houve e o Parlamentarismo caiu;

- nós queriamos as Diretas Já;

- perdemos no Congresso e qual foi a saída política para o impasse?

- derrotar o regime militar no próprio campo dele, o colégio eleitoral que derrotou Maluf e elegeu Tancredo;

- houve manifestações de rua maiores que as de hoje para derrubar o Collor: a praça é do povo, como céu é do condor;

- havia o impasse e Collor teve que sair;

- qual é a real correlação de forças, hoje?

- como revalidar os 54 milhões de votos que elegeram a Dilma?

- o plebiscito tem essa dupla finalidade: solucionar um impasse político, barrar o Golpe e seguir adiante;

- com uma nova governabilidade!

Quem precedeu Luciana foi Laurinha, da UJS de Brasília:

- plebiscito é a palavra mais usada entre nós;

- quero plebiscito, porque quero fazer parte da política brasileira;

- a galera sentiu o gostinho de entrar na universidade.

E a plateia, aos gritos: “o filho do operário vai ser doutor!

E, em seguida, “ai, ai, ai, se empurrar o Temer cai!”