Luciana, o plebiscito e a governabilidade
“Fora Temer” e “volta, querida”, não bastam.
Foi assim que Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB e deputada federal por Pernambuco, começou a exposição sobre o tema “plebiscito e governabilidade”, com que se encerrou o estimulante e trepidante Congresso Nacional da UJS, em São Paulo.
O ansioso blogueiro esteve lá, nessa sexta-feira 29/julho e vai tentar resumir aqui a lúcida exposição de Luciana.
Os jovens que subiram à tribuna para falar pareciam não ter duvida sobre a necessidade de se convocar um plebiscito, como, pioneiramente, o próprio PCdoB já propôs.
Mas, dois deles, a Mel e o Tarcísio, pareciam ter dúvida sobre como o plebiscito poderia garantir uma futura governabilidade.
Foi aí que Luciana interveio:
- Temer é contra o povo, entreguista e mais neoliberal que o FHC, porque não passou pelo crivo das urnas;
- Vamos relembrar alguns acontecimentos da História: Jango só assumiu a presidência em 1961 porque aceitou o Parlamentarismo, sob condições;
- o Parlamentarismo era a saída para um impasse político;
- e Jango aceitou desde que, daí a um ano, houvesse um plebiscito;
- houve e o Parlamentarismo caiu;
- nós queriamos as Diretas Já;
- perdemos no Congresso e qual foi a saída política para o impasse?
- derrotar o regime militar no próprio campo dele, o colégio eleitoral que derrotou Maluf e elegeu Tancredo;
- houve manifestações de rua maiores que as de hoje para derrubar o Collor: a praça é do povo, como céu é do condor;
- havia o impasse e Collor teve que sair;
- qual é a real correlação de forças, hoje?
- como revalidar os 54 milhões de votos que elegeram a Dilma?
- o plebiscito tem essa dupla finalidade: solucionar um impasse político, barrar o Golpe e seguir adiante;
- com uma nova governabilidade!
Quem precedeu Luciana foi Laurinha, da UJS de Brasília:
- plebiscito é a palavra mais usada entre nós;
- quero plebiscito, porque quero fazer parte da política brasileira;
- a galera sentiu o gostinho de entrar na universidade.
E a plateia, aos gritos: “o filho do operário vai ser doutor!”
E, em seguida, “ai, ai, ai, se empurrar o Temer cai!”