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Maia não irá analisar impeachment de Bolsonaro: "só aprofundaria a crise"

Ele já colocou Moro no segundo turno em 2022
publicado 14/07/2020
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(Rádio Metrópole)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta terça-feira 14/VII que tratar de um possível processo de impeachment de Jair Bolsonaro poderia aprofundar a crise pela qual passa o Brasil.

“Essa questão [de moderação], nosso papel é dessa construção do diálogo, junto com o Executivo, Judiciário. O impeachment é político. A minha avaliação é que tratar em meio à pandemia é aprofundar a crise. Uma crise política só iria aprofundar tudo que passamos e vamos passar”, afirmou Maia, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.

Questionado sobre os riscos de um golpe militar, Maia minimizou: "não cheguei a ter essa preocupação. Claro que as manifestações, no ano passado, tinham mais densidade do que tiveram nesse ano. Claro que a ida do presidente em frente ao Comando do Exército sempre gera uma sinalização ruim e preocupante”.

Maia também falou sobre os "movimentos políticos" do ex-juiz (sic) e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, cada vez mais candidato à Presidência em 2022.

"É um candidato forte. Nas pesquisas, empata com o presidente da República. Um com 21% e outro com 19%, óbvio que é fortíssimo. Agora, estamos longe da eleição. Se ele, de fato, disputar a eleição. Tem muitas chances de disputar a eleição e chegar ao segundo turno. Todos os movimentos dele são como político. Não são mais de juiz, ex-juiz e ex-ministro. Acho que os movimentos são políticos, mas se vai gerar uma candidatura ou não, é outra coisa. O ex-ministro Sergio Moro tem força na sociedade", afirmou Maia.