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Mais de 80 entidades vão à ONU e pedem ajuda internacional contra Bolsonaro

Quadro de direitos humanos no Brasil é grave!
publicado 10/03/2020
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(Reprodução/Redes Sociais)

Mais de 80 organizações nacionais e internacionais, entre elas a OAB, o Instituto Vladimir Herzog, a Amazon Watch e a Society for Threatened Peoples, se uniram para pedir que a comunidade internacional pressione o governo de Jair Bolsonaro diante do desmonte dos mecanismos de proteção aos direitos humanos. A informação é da coluna de Jamil Chade no UOL.

Em denúncia apresentada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, as entidades sustentam que o Brasil vive "graves ataques" que "corroem o Estado de Direito e a democracia".

"Chamamos a comunidade internacional a dar urgente atenção e a desenvolver ações incisivas antes esse grave quadro de direitos humanos no Brasil". Segundo a denúncia, "a situação de direitos humanos no Brasil se deteriorou drasticamente no primeiro ano do governo Bolsonaro".

A denúncia citou, ainda, diversas ações do governo. "O governo nega as atrocidades cometidas durante a ditadura de 1964", diz o texto.

A situação da imprensa também foi alvo de críticas. "Censura e intimidação dão-se por meio da criminalização e ataques sexistas a jornalistas, proibição de livros clássicos, e um clima hostil a artistas e cientistas", sustenta a denúncia.

Horas depois, mais uma denúncia chegou à ONU - desta vez, contra a ministra Damares Alves, por desmontar o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. "Foi com extrema consternação que a Justiça Global e diversas organizações da sociedade civil presenciaram a conduta desrespeitosa da Ministra Damares Alves na reunião do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura nesta terça-feira, 10 de Março. A Ministra, que nunca antes havia comparecido a uma reunião do Comitê - do qual é presidente - não apenas desrespeitou a pauta deliberada no dia anterior, com o intuito de iniciar um edital de seleção para peritos não remunerados do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, como iniciou a reunião sem que houvesse quórum para início dos trabalhos", afirmaram entidades como o Conselho Federal da OAB, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, União Brasileira de Mulheres, Central Unica dos Trabalhadores, SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade, Movimento Negro Unificado e o Conselho Federal de Psicologia, além da Justiça Global.