Maranhão sepulta CPI da UNE
Do Globo:
Em decisão assinada nesta sexta-feira, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) anulou o ato de criação da CPI da União Nacional dos Estudantes (UNE). Maranhão diz que não há fato determinado para a CPI, acolhendo questão de ordem feita pelos deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Erika Kokay (PT-DF) questionando a criação dessa comissão. A CPI, foi criada em de maio deste ano, pelo então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para atender um pedido do deputados pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Com o afastamento de Cunha pelo Supremo Tribunal Federal, Feliciano esbarrou no boicote por parte de deputados para que a CPI pudesse ser instalada e começasse a funcionar. De acordo com o requerimento, a CPI tinha por objetivo investigar indícios de irregularidade no uso de dinheiro público pela UNE. Na justificativa da CPI, Feliciano pede a investigação das irregularidade listando fatos como a aplicação, pela UNE, de R$ 44,5 milhões recebidos a título de indenização da União por danos sofridos durante a ditadura militar e recursos recebidos com a confecção de carteiras de identidade estudantil e a investigação de convênios feitos pela entidade com a União entre os anos de 2006 e 2016.
Na questão de ordem, os deputados Orlando Silva e Érika Kokay argumentaram que não é competência do Parlamento investigação ações de caráter estritamente privado, já que a UNE é "pessoa jurídica de direito privado" e que os atos fatos narrados por Feliciano "incidem sobre negócios jurídicos estritamente privados" e "não têm interesse relevante para a vida pública e a ordem constitucional, legal e econômica do País."
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