Militares dizem que padrinho de Flávio Bolsonaro nunca foi a local de trabalho
(Reprodução/Redes Sociais)
Reportagem de Demétrio Vecchioli no UOL detalha, nesta terça-feira 3/III, a passagem de Marcelo Magalhães Reis - padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro - pela Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO). A situação, em resumo, é a seguinte:
- quando Jair Bolsonaro resolveu, em junho do ano passado, não renovar a existência da AGLO, os militares que comandavam a Secretaria Especial do Esporte foram pegos de surpresa. Eles apresentaram ao governo um plano par tocar o legado olímpico com 27 pessoas (eram 95 cargos na AGLO);
- no entanto, o plano nunca foi posto em prática. Segundo o UOL, todos os nomes indicados foram rejeitados para que Magalhães Reis fosse nomeado como diretor, em dezembro;
- Ele tomou posse em fevereiro, mas não há notícia de que tenha comparecido para trabalhar no Parque Olímpico da Barra.
Na quinta-feira 25/II, mesmo assim, ele foi nomeado secretário especial do Esporte.
"O Marcelo é desconhecido por nós. Ele não foi em nenhum momento indicado por nós. Se perguntar quem é o Marcelo (Magalhães), eu não faço a menor ideia. Eu simplesmente desconheço. Nossa equipe estava pronta em agosto. Nós tínhamos uma responsabilidade enorme pelo legado, foi um investimento de R$ 2 bilhões do governo federal, e não podíamos deixar aquilo ali sem estar bem administrado. Perdemos essa queda de braço. Perdemos para quem? Não tenho essa resposta. Nossa equipe não conseguiu nomear ninguém. O Marcelo pediu todos os cargos para ele. Nós com a disciplina castrense, respeitamos", afirmou ao UOL o coronel Marco Aurélio Souto de Araújo, ainda hoje o secretário adjunto da secretaria - como Magalhães ainda não tomou posse como secretário, Araújo é quem comanda a pasta.