Militares entraram em cena para baixar a bola de Bolsonaro. Até quando?
(Marcos Corrêa/PR)
Nas últimas semanas, a chamada ala militar do governo federal interveio e orientou Jair Bolsonaro a reduzir o nível da tensão com os outros Poderes, em especial o Judiciário.
Segundo o blog de Andreia Sadi no G1, o presidente foi aconselhado a diminuir o tom do discurso e das ações. A demissão de Abraham Weintraub, diz a jornalista, contrariou a ala "ideológica" e resultou da pressão dos militares. O substituto de Weintraub, Carlos Alberto Decotelli, é uma indicação dos representantes das Forças Armadas.
Outra sinalização foi o anúncio de que o general Ramos vai passar para a reserva. O comando do Exército se queixava de militares na ativa despachando do Planalto.
Ainda, assim, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) veem com desconfiança os movimentos de Bolsonaro e consideram que essa "pausa" nos ataques é questão de sobrevivência política, especialmente após a prisão de Fabrício Queiroz. Segundo parlamentares, o Bolsonaro “paz e amor” é em causa própria.
Nas palavras de um militar do governo, “caiu a ficha” de Bolsonaro, de que os “radicais vão arrebentar o seu mandato e inviabilizar um segundo mandato”.