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Ministro do STJ anula sentença contra Paulo Preto

Operador tucano foi condenado a 145 anos de prisão
publicado 18/12/2019
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Paulo Preto operou esquemas tucanos... (Originais: Flickr/Thowra_uk e Reprodução/TV Senado)

Em março deste ano, o ex-diretor da DERSA (Desenvolvimento Rodoviário SA, empresa estatal paulista responsável pela infraestrutura das rodovias), Paulo Preto, operador de esquemas do PSDB de São Paulo, foi condenado a 145 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de desvio de dinheiro público e associação criminosa.

Paulo Preto comandou um esquema que desviou mais de R$ 7 milhões que deveriam ter sido utilizados como indenização para moradores afetados pelas obras do Rodoanel de São Paulo - uma obra que, aqui no Conversa Afiada, também é conhecida por "roubanel tungano".

Nesta terça-feira 17/XII, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), anulou a condenação.

O motivo é simples: segundo uma decisão do Supremo Tribunal Federal de outubro deste ano, em processos que possuem réus delatores e delatados, os delatados devem apresentar suas alegações finais depois dos delatores.

O caso de Paulo Preto, agora, voltará à fase de alegações finais, para que o réu tenha o direito de se pronunciar por último, após os delatores.

Isso não significa, entretanto, que o operador tucano será solto: Paulo Preto está preso no Paraná preventivamente - ou seja, sem prazo definido - desde 19/II, acusado de ter movimentado mais de R$ 100 milhões em propinas para a Odebrecht.

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