Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / Moro, Guedes e Mandetta se unem contra Bolsonaro

Moro, Guedes e Mandetta se unem contra Bolsonaro

Presidente está cada vez mais isolado
publicado 31/03/2020
Comments
img20200318wa00381.png

Crédito: Exame

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que "a responsabilidade de orientar sobre COVID-19 é do Ministério da Saúde".

A declaração, dada em entrevista à CNN Brasil, aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mostrar insatisfação com o comportamento do ministro.

Segundo matéria do Estadãoo presidente disse a interlocutores que Moro é "egoísta" e não atua para defender suas posições de enfrentamento aos governadores e prefeitos que aplicam medidas de isolamento social.

"O Ministério da Saúde está construindo um plano, conversando com os estados e governadores para definir esses termos da necessidade do isolamento. É evidente que tem que proteger os mais vulneráveis, é evidente que há medidas que devem se destinar a todos, por exemplo, para evitar aglomerações. Mas a responsabilidade por isso, para definir essas linhas gerais, é do Ministério da Saúde juntamente com os estados", disse Moro à CNN Brasil.

Ministros contra Bolsonaro

Os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes (Economia) uniram-se nos bastidores no apoio ao colega Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e isolamento da população no combate à pandemia do coronavírus.

A informação é da Folha de S.Paulo

O trio formou uma espécie de bloco antagônico, com o apoio de setores militares, criando um movimento oposto ao comportamento do presidente Jair Bolsonaro, contrário ao confinamento das pessoas, incluindo o fechamento do comércio.

Com isso, o isolamento político do chefe da República aumenta diante do apoio que Mandetta já tem da cúpula do Legislativo e do Judiciário —nesta segunda-feira (30), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, destacou a necessidade do isolamento social.

Nos últimos dias, Moro deixou claro a pessoas próximas e a colegas de Esplanada a sua insatisfação com as recentes atitudes do presidente, como um passeio a pontos de comércio de Brasília no domingo (29/03).