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Moro volta a peitar o chefe e critica "juiz de garantias"

Até onde irá esse embate?
publicado 27/12/2019
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(Crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou novamente nesta sexta-feira 27/XII o trecho do pacote "anticrime" sancionado por Jair Bolsonaro que trata da criação da figura do "juiz de garantias". O texto sancionado prevê "rodízio" de magistrados para assegurar a execução da nova figura jurídica. Até este momento, um mesmo juiz é responsável por todo o processo e aplica a sentença; agora, haverá divisão de tarefas.

Reportagem do jornal O Globo informa que a regulamentação sobre como isso se dará na prática deve caber ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que criou um grupo de trabalho para analisar a proposta.

"Leio na lei de criação do juiz de garantias que, nas comarcas com um juiz apenas (40 por cento do total), será feito um 'rodízio de magistrados' para resolver a necessidade de outro juiz. Para mim é um mistério o que esse 'rodízio' significa. Tenho dúvidas se alguém sabe a resposta", escreveu Moro em seu perfil no Twitter.

É mais um capítulo dos desentendimentos públicos entre Moro e Bolsonaro. Como o Conversa Afiada mostrou mais cedo, o ministro não vem escondendo de parlamentares sua irritação nos últimos dias.

Segundo o Painel da Folha de S.Paulo desta sexta-feira 27/XII, Moro disparou mensagens e disse estar decepcionado. Parlamentares avaliam que Moro entrou em terreno pantanoso e, diante disso, recebeu o recado de quem é que manda.

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