Motorista Queiroz nomeava quem queria
Motorista de Flávio Bolsonaro matava no peito e indicava funcionários na Assembleia
publicado
28/01/2019
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O Conversa Afiada reproduz do Globo reportagem de Igor Mello sobre o poder de Fabrício Queiroz, assessor muito especial de Flávio Bolsonaro.
Queiroz agora foi detido num quarto do Hospital Albert Einstein, em São Paulo - quem paga as contas? - , de onde sairá para matar no peito todas as acusações contra o filho do Presidente de República, segundo o colonista Lauro Jardim:
Queiroz indicou sete funcionários para a Alerj
Pivô da crise que atingiu o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz foi o responsável pela nomeação de pelo menos sete funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
A influência de Queiroz beneficiou a própria família e ajudou a estabelecer ligações com o entorno do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega — seu amigo dos tempos de 18º BPM, conforme admitiu nesta semana.
Adriano é apontado pelo MP como líder do grupo paramilitar que controla a comunidade de Rio das Pedras e principal articulador do Escritório do Crime, que reúne matadores de aluguel. Ele foi um dos alvos da Operação Os Intocáveis, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e pela Polícia Civil, e encontra-se foragido.
A primeira nomeação na conta do ex-assessor, que atuava como motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, foi a de Márcio da Silva Gerbatim, em maio de 2007 — menos de dois meses depois da chegada de Queiroz à equipe de Flávio. Márcio é ex-marido da atual mulher de Queiroz, Marcia Aguiar, também indicada por ele para o gabinete.
Apadrinhados
Em setembro de 2007, Queiroz emplacou mais dois nomes na Alerj. No dia 6, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, mulher de Adriano, passou a trabalhar no gabinete de Flávio. Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano, também ocupou cargos ligados a Flávio entre março de 2015 e novembro do ano passado. Antes de ir para o gabinete do senador eleito, Raimunda esteve lotada na liderança do PP — partido do senador eleito naquele momento.
Em 20 de setembro de 2007, foi a vez de Nathália Melo de Queiroz, filha do ex-assessor, que ocupou inicialmente um posto na liderança do PP.
Nathália passou por vários cargos até deixar a Alerj em dezembro de 2016 — abandonando uma função no gabinete de Flávio para assumir um lugar na equipe de Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Em seu lugar, Queiroz indicou sua outra filha, Evelyn Melo de Queiroz, para o mesmo cargo. (...)
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