MP enfia o pé na rachadinha do gabinete do Bolsonaro
O Conversa Afiada reproduz do Estadão:
Promotoria inclui parentes de miliciano em caso Queiroz
O Ministério Público do Rio de Janeiro incluiu a mãe e a mulher do ex-capitão da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de integrar uma milícia, nas investigações sobre movimentações financeiras atípicas de ex-assessores do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Estado.
Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa aparecem agora na lista de investigados, junto com o próprio Flávio e com o ex-assessor Fabrício Queiroz – que, sozinho, movimentou R$ 1,2 milhão em 13 meses, de acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O caso foi revelado pelo Estado em dezembro do ano passado.
Para incluir Raimunda e Danielle entre os investigados, a 3.ª Promotoria de Tutela Coletiva aditou uma portaria ao inquérito civil que apura, no antigo gabinete de Flávio no Legislativo estadual, suspeitas de atos de improbidade administrativa – que podem ter provocado prejuízos ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito de agente público.
O Ministério Público suspeita da prática de “rachadinha”, na qual assessores devolvem ao parlamentar parte ou todo o salário que recebem, o que é ilegal.
As duas trabalharam na assessoria de Flávio até novembro do ano passado, quando o hoje senador era deputado estadual no Rio. Cada uma recebia salário de R$ 6.492. Raimunda também é citada no relatório do Coaf por ter feito repasse de R$ 4.600 para a conta de Queiroz. (...)