Nove deputados iniciam 2020 com processos no Conselho de Ética
O ano legislativo de 2020 terá início na próxima segunda-feira 3/II. Entretanto, nove deputados federais irão iniciar os trabalhos na Câmara (não é "câmera", ok, ministro Moro?) com processos pendentes no Conselho de Ética, segundo reportagem de Fernanda Calgaro, do portal G1.
Dos nove parlamentares indiciados, oito são do PSL, o ex-partido de Jair Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro (SP), o filho 03 do presidente, enfrenta dois processos: um deles foi movido por deputados do PT, PCdoB, PSOL e Rede, após defender uma reedição do AI-5 da ditadura militar contra manifestações no Brasil. Outro processo, apresentado pelo próprio PSL, acusa Eduardo de promover ofensas contra a também deputada Joice Hasselmann nas redes sociais.
O deputado Coronel Tadeu, também do PSL-SP, é acusado de atacar uma exposição de charges políticas nos corredores da Câmara - entre elas, uma obra do desenhista Carlos Latuff que associava a Polícia Militar à matança de jovens negros no Brasil.
Outros sete parlamentares do PSL são alvos de processos relacionados à guerra civil do partido, no segundo semestre de 2019: Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ) Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG), Filipe Barros (PR) e Daniel Silveira (SP).
Completa a lista o deputado André Janones, do Avante-MG. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar se referiu aos colegas que votaram a favor da Lei de Abuso de Autoridade como "bandidos" e "canalhas".
O Conselho de Ética pode aplicar uma série de punições aos acusados, que vão de notas de repúdio até a perda do mandato do parlamentar. Se a decisão for pela cassação, o processo será votado pelo plenário da Câmara.
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