Novo chanceler da Argentina: estamos de luto pelo Brasil
O próximo chanceler da Argentina, o dirigente peronista Felipe Solá, comentou a postura agressiva do governo de Jair Bolsonaro em relação aos demais países da América do Sul - contra a Argentina em especial.
Segundo o jornal O Globo, ele disse que "estamos de luto em relação ao Brasil", já que é "absolutamente inesperado que um país irmão com o qual tivemos uma quantidade de encontros com bom impacto regional inesperadamente tenha um governo com um nível de agressividade enorme contra a Argentina, contra o Mercosul e contra a História comum dos últimos 30 anos”.
As declarações de Solá, que assumirá o Ministério das Relações Exteriores em 10/XII (data da posse do presidente eleito Alberto Fernández), foram feitas durante palestra a alunos e professores da Universidade Torcuato Di Tella na quinta-feira 28/XI.
Ele considera a atitude agressiva do Brasil contra a Argentina um "golpe fortíssimo".
"Não é que digamos 'temos de acertar uma coisa com um fulano porque é um pouco aloprado'. Não, isso é um luto, um luto de ilusões, de projetos, de imaginação sobre o futuro... Frente a uma agressão assim a gente se fecha diante do inesperado e a reação imediata é um choque de imobilidade. A palavra que aparece é raiva, mas não podemos aceitar isso porque representamos um país", prosseguiu Solá.
O novo chanceler ressaltou que “para brigar são necessários dois” e prometeu evitar a "ideologização" da relação com o Brasil.
"Se querem ideologizar a relação, temos de evitar fazer a mesma coisa do nosso lado. Não vamos aceitar que o debate seja ideológico, até que se cansem. Vamos buscar todas as brechas possíveis e para isso é necessário a ação da sociedade civil junto ao Estado", completou.
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