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NY Times detona postura de Bolsonaro sobre a pandemia: "ele virou uma aberração"

Até Trump desistiu de negar a Ciência!
publicado 01/04/2020
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(Twitter/NY Times)

Do New York Times, com tradução do Conversa Afiada - À medida que crescem os casos e as mortes pelo novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro permanece desafiador, o último entre os principais líderes mundiais a continuar negando a gravidade do vírus.

Os brasileiros, declarou ele na semana passada, são especialmente preparados para enfrentar a pandemia, porque podem pular no esgoto e "não pegam nada".

Desafiando as diretrizes emitidas por seu próprio Ministério da Saúde, o presidente visitou no domingo um movimentado distrito comercial de Brasília, onde pediu a todos os brasileiros, com exceção dos idosos, que voltassem ao trabalho.

Em seguida, ele insistiu que uma pílula anti-malária de eficácia não-comprovada curaria aqueles que adoecerem com o vírus que matou mais de 43.000 pessoas em todo o mundo.

"Deus é brasileiro", disse ele a apoiadores. "A cura está aí."

Vários líderes mundiais - entre eles o presidente Trump e o primeiro-ministro Boris Johnson - demoraram a compreender a ameaça do vírus e relutaram em adotar as medidas de distanciamento social economicamente dolorosas que se tornaram a norma em grande parte do mundo.

Mas Bolsonaro continua a ser o principal destaque a rechaçar o consenso científico sobre as medidas de isolamento necessárias para impedir que os sistemas de saúde sejam sobrecarregados.

A maneira como ele lida com a crise levou à consternação de todo o espectro político brasileiro, já que líderes do Congresso e o presidente do Supremo Tribunal Federal pediram aos brasileiros que ignorassem seu presidente. Um movimento pelo impeachment de Bolsonaro está ganhando apoio popular, com brasileiros batendo panelas em suas janelas todas as noites para repudiar seu presidente.

"Ele demonstrou ser incapaz de ser presidente", disse Maria Hermínia Tavares de Almeida, cientista política da Universidade de São Paulo. "Ele permanece no poder por uma razão muito simples: ninguém quer criar uma crise política para tirá-lo em meio a uma emergência de saúde".

(...) A resposta de Bolsonaro à pandemia fez dele uma aberração em uma região onde a maioria dos líderes agiu rapidamente para implementar medidas de isolamento, fechamento de fronteiras e interrupção do comércio. Tais medidas foram adotadas em outros países politicamente polarizados, incluindo Chile, Argentina e Colômbia, com pouca discórdia.

Leia a íntegra no New York Times