O jogo de cinismo entre Moro e Bolsonaro está longe do fim
(Foto 1: Valter Campanato/Agência Brasil - Foto 2: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Por Fernando Brito, do Tijolaço - Como diz o Mino Carta, até as pedras da estrada sabem que Sergio Moro cultiva ambições presidenciais.
O que não o impede de fazer – como hoje, na entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan – juras de fidelidade ao “chefe”, ainda que este não acredite nela faz tempo.
Apesar de sorridente como que venceu um “round”, foi formal nas respostas.
Dizer que “ele [Bolsonaro] se colocou como candidato à reeleição e eu, como ministro do governo, tenho que apoiá-lo [porque] não tem outra alternativa” não chega a ser, nem de longe, uma declaração de amor.
Bem como dizer que seria “interessante e natural na minha carreira” a possibilidade de que o presidente o indique para o Supremo Tribunal Federal é, a esta altura, apenas acenar que aceitaria o prêmio de consolação por não se lançar candidato.
Acabou por se autorreferenciar como fonte da “força” do governo, ao dizer que “tem muita gente querendo enfraquecer o governo, me tirando fora (sic) do governo. E, às vezes, gerando essas intrigas”.
Intriga uma fala do presidente dizendo que estudava retalhar seu ministério e que ele, Moro, não ia gostar nem um pouco?
O jogo de cinismo entre ambos está longe de terminar.
Aguardemos o próximo capítulo do “amigo urso” quando chegar da Índia.
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