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Onyx dá piti e corre de entrevista

Moro também silencia sobre Coaf
publicado 07/12/2018
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(Charge: Clóvis Lima)

Por André Ítalo Rocha e Pedro Venceslau, no Estadão:

Alvo de uma investigação de caixa dois pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pediu trégua à imprensa, se irritou com perguntas dos jornalistas e abandonou uma entrevista coletiva após participar de um almoço com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) nessa quarta-feira, 7, na capital paulista. 

O coordenador da transição irritou-se com uma pergunta sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostra movimentações financeiras suspeitas de um ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito. Mais cedo nesta sexta-feira, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro evitou comentar o relatório da Coaf, que ficará subordinado à sua Pasta. 

A “trégua” de Onyx foi pedida no fim do discurso. “Quero pedir para a imprensa que nos acompanha, por favor, uma trégua, em nome do Brasil”, disse Onyx. Os empresários aplaudiram a fala.  Na entrevista coletiva após o almoço, o futuro chefe da Casa Civil foi questionado por jornalistas sobre qual como seria a trégua.    

(...) Em seguida, Onyx foi perguntado sobre  o inquérito aberto a pedido da PGR para investigar o suposto uso de caixa 2 em suas campanhas. 

“Se tem um cara que é tranquilo sou eu. Vim com Deus. Agora com investigação autônoma, vou poder esclarecer. Nunca tive corrupção. Não pode ser hipócrita de querer misturar financiamento  e não registro de recebimento de amigo. Esse erro eu cometi.  Sou o único que tenho a coragem de assumir”, afirmou. 

Onyx disse que “subscreve” a declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que usaria sua caneta Bic para exonerar um ministro que fosse alvo de uma “denúncia robusta”.  “Gosto tanto da caneta bic que subscrevo a declaração dele”, disse o futuro ministro da Casa Civil.

Onyx se esquivou da pergunta afirmando que “setores tentam destruir a reputação de[Jair] Bolsonaro” e  chegou a atacar o Coaf questionando onde o conselho estava durante os processos do mensalão e do petróleo. “Foi feita uma aliança ideológica que faz com que vocês [jornalistas] queiram misturar um governo honesto com as lambanças do PT dos últimos 14 anos”, disse.

Em seguida, diante da insistência dos jornalistas em pedir uma declaração sobre o caso do filho de Bolsonaro, Onyx perguntou a um dos repórteres quanto havia caído na sua conta neste mês, logo antes de abandonar a coletiva. 

Assista ao vídeo:

Onyx dá piti e corre de entrevista! pic.twitter.com/KL7iddyts8

— Conversa Afiada (@ConversaAfiada) December 7, 2018

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