Os filhos são o ponto fraco de Bolsonaro
Brito: o Congresso não vai se afogar com o presidente...
publicado
31/05/2020
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Da esquerda para a direita: zero-três, zero-zero, zero-dois e zero-um (Divulgação)
Por Fernando Brito, no Tijolaço:
O presidente que se elegeu em nome da “Família Brasileira” está – que ironia! – desesperado com a ameaça de que venha a cair por causa da família, a família dele.
Logo após fechadas as urnas, a imagem do clã Bolsonaro começou a trincar, com as “rachadinhas” de Flávio, o Zero Um.
Agora, o Zero Dois, Carlos, e o Zero Três, Eduardo, estão encrencados com a Justiça; o primeiro, com a rede criminosa de Fake News – da qual sempre foi o general – e o segundo pelas manifestações golpistas que, como a de “um cabo e um soldado”, que deixaram de ser consideradas, óbvio, excentricidades imaturas.
Em condições normais, claro, seria absurdo inculpar alguém pelos atos dos filhos.
No caso de Jair Bolsonaro, porém, os filhos são a mais expressa tradução do que significa o pai e é por isso, mais do que por amor paternal, que ele reage com tanta agressividade e descontrole aos processos nos quais seus rebentos estão envolvidos.
No Estadão, explicita-se o que se já se percebera aqui:
Ontem, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido de investigação sobre Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por “incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional”, por sua pregação golpista, o que vai exigir mais uma “saia justa” ao desgastado Augusto Aras, posto nu na praça com o aceno presidencial de uma cadeira no STF por sua sabujice.
Vai se fechando um evidente cerco sobre o presidente e isto logo chegará também ao Congresso, que não é, com certeza, adepto de abraços de afogados.
Todos já perceberam que os filhos são os mais frágeis portões do Palácio.
Logo após fechadas as urnas, a imagem do clã Bolsonaro começou a trincar, com as “rachadinhas” de Flávio, o Zero Um.
Agora, o Zero Dois, Carlos, e o Zero Três, Eduardo, estão encrencados com a Justiça; o primeiro, com a rede criminosa de Fake News – da qual sempre foi o general – e o segundo pelas manifestações golpistas que, como a de “um cabo e um soldado”, que deixaram de ser consideradas, óbvio, excentricidades imaturas.
Em condições normais, claro, seria absurdo inculpar alguém pelos atos dos filhos.
No caso de Jair Bolsonaro, porém, os filhos são a mais expressa tradução do que significa o pai e é por isso, mais do que por amor paternal, que ele reage com tanta agressividade e descontrole aos processos nos quais seus rebentos estão envolvidos.
No Estadão, explicita-se o que se já se percebera aqui:
Comandante do “gabinete do ódio”, Carlos não foi alvo da operação da Polícia Federal ocorrida na quarta-feira por determinação do relator do inquérito das fake news, ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva, considerada “abusiva” pelo Palácio do Planalto, resultou na apreensão de documentos, computadores e celulares em endereços de 17 pessoas suspeitas de integrar uma rede de ataques a ministros do STF e na convocação de depoimento de oito deputados bolsonaristas.
A expectativa de integrantes do STF é a de que, se em um primeiro momento Moraes optou por focar nos tentáculos operacionais do “gabinete do ódio”, o filho do presidente da República deve ser atingido já na etapa final do inquérito, com o aprofundamento das investigações.
A expectativa de integrantes do STF é a de que, se em um primeiro momento Moraes optou por focar nos tentáculos operacionais do “gabinete do ódio”, o filho do presidente da República deve ser atingido já na etapa final do inquérito, com o aprofundamento das investigações.
Ontem, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido de investigação sobre Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por “incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional”, por sua pregação golpista, o que vai exigir mais uma “saia justa” ao desgastado Augusto Aras, posto nu na praça com o aceno presidencial de uma cadeira no STF por sua sabujice.
Vai se fechando um evidente cerco sobre o presidente e isto logo chegará também ao Congresso, que não é, com certeza, adepto de abraços de afogados.
Todos já perceberam que os filhos são os mais frágeis portões do Palácio.
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