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Para acabar com crise, Senado aprova novas eleições na Bolívia

Direita nega pedido de anistia a Evo Morales
publicado 24/11/2019
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O Senado aprovou por unanimidade a realização de novas eleições (Reprodução: Twitter/@SenadoBolivia)

Neste sábado 23/XI um acordo entre o Movimento Ao Socialismo (MAS, o partido do presidente legítimo Evo Morales) e o governo da golpista Jeanine Áñes possibilitou que o Senado aprovasse, por unanimidade, a realização de novas eleições presidenciais na Bolívia.

A decisão do Senado é o primeiro passo para a "pacificação" do país, após um mês de protestos que deixaram 32 mortos - em sua grande maioria, indígenas e camponeses mortos por policiais e militares aliados ao governo golpista.

Apesar de ter o controle do Senado, o MAS aceitou uma exigência dos partidos de direita: o projeto impõe um limite de dois mandatos presidenciais a qualquer candidato - o que, na prática, impede que Evo Morales concorra novamente.

Ainda no sábado 23/XI a nova lei foi aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pela presidenta golpista Jeanine Áñez.

Segundo agências internacionais, os protestos contra o governo golpista começaram a diminuir neste fim de semana. Na tarde de sábado, os manifestantes começaram a retirar as barricadas nos arredores da capital La Paz.

Ainda não há previsão de quando as novas eleições irão ocorrer.

O MAS tentou aprovar paralelamente um projeto de lei que garantiria anistia ao presidente Evo Morales, atualmente em exílio no México. A proposta, entretanto, foi rechaçada pela direita.

Não há também qualquer menção à derrubada do "decreto da matança" da golpista Áñez, que garante perdão a policiais e militares que agirem com violência contra os manifestantes a favor de Evo Morales.

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