Para Flávio Dino, o bolsonarismo "não veio para ficar"
Dino defende coligações amplas. Mas adverte: "não podemos abrir mão do nosso programa". (Créditos: Lula Marques/Agência PT)
O governador do Maranhão pelo PCdoB, Flávio Dino, concedeu entrevista à repórter Thais Reis Oliveira, da Carta Capital.
Segundo o governador, a oposição no Congresso conseguiu barrar com sucesso algumas das propostas mais nefastas do governo Bolsonaro - como o dito pacote "anticrime" do ministro Sérgio Moro: "conseguimos evitar uma série de danos expressivos no que se refere a direitos. O que acho mais crítico é a mobilização social. Nós não conseguimos, ainda, garantir mobilização suficiente inclusive para que a resistência e as propostas sejam mais bem executadas".
Dino afirma, também, que o bolsonarismo não irá se sustentar a longo prazo: "o Bolsonaro é uma figura datada, temporária. E o bolsonarismo não é uma tendência que veio para ficar no Brasil, é uma chuva de verão. Densa, mas vai passar logo, porque cada vez fica mais claro que essa corrente política governa para poucos, prioriza a violência e isola o Brasil no cenário internacional".
Para as eleições de 2020, Flávio Dino defende a construção de "frentes amplas" para bater de frente com o bolsonarismo - alianças que podem, inclusive, contar com o apoio de partidos do Centro:
"No caso do Maranhão, eu venci as duas vezes em primeiro turno com uma aliança que, em 2016, foi do PT ao DEM. A depender de cada cidade, uma aliança com o campo mais ao Centro não é ruim", defende o governador. "Não podemos abrir mão do nosso programa, evidentemente. É preciso ter um programa básico, mínimo, que sustente essas alianças. Sem perder a identidade, mas também sem sectarizar. No nosso caso, os princípios fundamentais são: defesa da Democracia, do Brasil e dos mais pobres".
Ele continua: "a extrema-direita que hoje governa o país conseguiu, paradoxalmente, uma aliança mais ampla que a nossa. Precisamos inverter isso em 2020. Isoladamente, não se obtém vitórias eleitorais".
E sobre as eleições de 2022?
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"Não tenho tratado nem publicamente nem em privado desses assuntos. É preciso esperar e ver o que vai acontecer com o País e o nosso campo político lá para a frente", diz. "O fundamental é nos unirmos, termos aliança, amplitude, humildade, capacidade de diálogo. Temos antes eleições municipais. Este é o tema da hora".
Leia a entrevista completa na Carta Capital.
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