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Para Mourão, Ditadura não foi Ditadura

Ele diz que Brasil vive "normalidade democrática"... Tá "serto"!
publicado 13/12/2019
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O vice-presidente Hamilton Mourão, em maio de 2019 (Créditos: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Poucas horas após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que colocaria no pau de arara ministros corruptos de seu governo, o vice-presidente Hamilton Mourão concedeu entrevista ao portal Huffington Post em que minimiza a ditadura militar brasileira.

"Vamos colocar a coisa da seguinte forma: em primeiro lugar eu discordo do termo 'ditadura' para o período de presidentes militares. Para mim, foi um período autoritário, com uma legislação de exceção", disse o general da reserva.

E o Ato Institucional no 5, tantas vezes citado pelo presidente Jair Bolsonaro, por seu filho Eduardo e até pelo ministro (sic) da Economia (sic) Paulo Guedes?

"O Ato Institucional número 5 surgiu fruto de uma situação que se vivia aqui no País no final dos anos 60. Foi o grande instrumento autoritário que os presidentes militares tiveram à mão. É importante que, depois, se pesquise quantas vezes ele foi utilizado efetivamente durante os dez anos que ele vigorou. Porque muitas vezes se passa a ideia que todo dia alguém era cassado, alguém era afastado. E não funcionou dessa forma. É importante ainda que a História venha à luz de forma correta. (...) Foram as duas vezes que o Congresso foi fechado com o uso do AI-5", disse Mourão.

E hoje? Existe uma possibilidade um novo AI-5?

"Muito pelo contrário. Vivemos em uma plenitude democrática".

Uma "normalidade democrática" em que presidente defende a ditadura e a tortura, em que a educação e a cultura são perseguidas, em que ações da Polícia Militar resultam em mortes em São Paulo e no Rio, em que há suspeita de envolvimento do filho do presidente no assassinato de uma vereadora?

serto, general...

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