Para salvar mandato, Bolsonaro negocia com líderes do Centrão
A relação azeda entre o governo Jair Bolsonaro (sem partido) e os principais líderes do Congresso Nacional fez com que o presidente procurasse membros do Centrão.
Antes chamados de “velha política” pelos bolsonaristas, líderes de legendas como PP, PR e PSD foram chamados para encontros reservados com Bolsonaro.
De acordo com o Estadão, o presidente pediu ajuda a todos eles para a votação de projetos que possam amenizar a crise social e econômica provocada pela pandemia do coronavírus.
Bolsonaro apelou para os pequenos partidos após perceber que não terá respaldo no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e no presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O presidente da Câmara chegou a dizer que, se não fosse a crise do coronavírus, o Congresso já teria rompido com Bolsonaro.
Ontem, em entrevista à CNN Brasil, o presidente afirmou que Maia conduz o Brasil ao caos.
Na mesma emissora, Maia retrucou e acusou o presidente de querer desviar o foco da demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).
A exoneração de Mandetta azedou de vez uma relação que já era ruim.