Paulo Preto: Suíça descobre "transações significativas"

Paulo Preto fez 'movimentações significativas' durante período investigado, diz Justiça suíça

Em uma decisão em que rejeitou um pedido para que a documentação bancária de Paulo Vieira de Souza no exterior não fosse enviada para as autoridades brasileiras, o Tribunal Penal Federal da Suíça afirmou que há indícios de que o ex-diretor da Dersa movimentou valores por meio de empresas offshore. Na decisão, os juízes suíços afirmam os extratos mostram "transações significativas e regulares" em favor de várias empresas no período em que os crimes pelos quais Paulo Vieira é investigado.

Paulo Vieira de Souza é suspeito de ser operador de integrantes do PSDB. Os recursos no exterior chegariam a R$ 113 milhões. A decisão foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e confirmada pelo GLOBO.

Segundo o Ministério Público Federal do Brasil, Paulo Vieira usaria uma rede de empresas no exterior (conhecidas como offshore) para repassar valores que teria desviado quando ocupava o cargo de direção na Dersa.

"(As contas) Foram abertas em 2007 e encerradas em 2017 sendo os ativos suspeitos de depois terem sido transferidos para outro banco em Nassau, Bahamas", afirmou.

Os juízes Giorgio Bomio-Giovanascini, Tito Ponti e Giuseppe Muschietti consideraram que os extratos bancários obtidos são suficientes para permitir que as autoridades brasileiras rastreiem o fluxo dos possíveis desvios.

No documento, Paulo Vieira de Souza é tratado como "B". O pedido para que os documentos não fossem enviados foram feitos por outro acusado, não identificado.

Segundo o documento, o pedido de cooperação internacional faz parte de uma investigação que aponta que Paulo Vieira teria usado sua função importante na Dersa para desviar valores de um programa de reassentamento na construção de um eixo rodoviário em São Paulo, o Rodoanel.

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