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PDT suspende quem votou pela "Previdênssia"

Ciro: deputados fazem dupla militância!
publicado 18/07/2019
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Créditos: Jota Camelo

A propósito dos deputados dissidentes do PDT que votaram a favor da reforma da Previdênssia (com dois "S"), contrariando as orientações do partido, o Conversa Afiada reproduz, do UOL:

PDT abre processo e suspende Tabata e outros 'rebeldes'


O presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou hoje [17/VII] a suspensão provisória da deputada federal Tabata Amaral e outros sete colegas que votaram a favor da reforma da Previdência contrariando a orientação do partido.

Lupi e os membros da Executiva nacional, da Comissão de Ética e de movimentos sociais se reuniram hoje em Brasília para começar a debater a instauração de processos disciplinares. A expectativa é que todo o processo dure de 45 a 60 dias. De acordo com o rito estatutário, os envolvidos terão prazo para apresentação da defesa. Ao final desse período, a direção nacional do PDT decidirá se expulsa ou não os oito dissidentes ou se toma alguma outra medida administrativa.

(...) Segundo Lupi, a punição aplicada hoje impede que os parlamentares "falem em nome" do PDT ou utilizem a estrutura da legenda. O líder na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), será orientado a pedir a retirada dos dissidentes das comissões na Casa.

(...) Segundo Lupi, o parecer da Comissão de Ética pode orientar três opções: expulsão da legenda, manutenção da suspensão ou outra advertência mais branda. (...) Além de Tabata, serão alvo de processos disciplinares os deputados: Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). No total, a bancada do PDT na Câmara é formada por 27 parlamentares.

(...) Carlos Lupi disse ainda que a Comissão de Ética também vai recomendar à direção nacional que barre qualquer tentativa de filiação de pessoas que tenham ligações com organizações da sociedade civil "financiadas por grupos poderosos".

A medida tem origem no fato de Tabata ter sido apoiada no início da carreira política pelo empresário Jorge Paulo Lemann, segundo homem mais rico do país. Durante a campanha eleitoral, ela era um dos nomes defendidos pelo grupo Renova BR. Hoje, é uma das líderes do movimento Acredito.

"O partido não dará legenda nem a vereador, deputado ou qualquer filiado que tenha financiamento clandestino. Financiamento patrocinado por organizações pessoais, privadas, particulares, de gente muito poderosa que se utiliza de grupos para financiar e ter os votos de parlamentares dentro da sigla do PDT."

No último sábado (13), Ciro Gomes também fez críticas a movimentos da sociedade civil que bancam candidatos.

"Todo mundo pode participar de qualquer movimento, mas se você tem um partido clandestino para burlar a legislação que proíbe financiamento empresarial, isso é uma coisa muito grave", disse ele em evento em São Paulo. "É um problema de dupla militância, não tem nada a ver com a compreensão de reforma da Previdência que nós temos."

Em tempo: sobre o "Movimento Acredito", leia no Conversa Afiada: "Bancada Lemann" vai apoiar privataria da Eletrobras?

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