PF desconfia que coronel do MT lave no Uruguai
Operação investiga esquema que causou R$ 1 bi de prejuízo
publicado
05/09/2017
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Reprodução: Estadão
No Estadão:
PF liga amigo de Temer a fraudes de R$ 1 bi
A Polícia Federal encontrou, em busca e apreensão em endereços ligados ao coronel João Baptista Lima Filho, no âmbito da Operação Patmos, registros de compras de imóveis com o uso de uma offshore no Uruguai operada por um empresário alvo da Operação Castelhana, que investigou suposto esquema de sonegação fiscal que teria levado a um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Coronel Lima é um nome emblemático, muito ligado ao presidente Michel Temer desde os anos 1980, quando o presidente exerceu o cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo (Governos Montoro e Fleury Filho).
Assim como Temer, o coronel está sob investigação da PF. O oficial da reserva teria recebido R$ 1 milhãoda JBS, mas o destinatário seria o presidente, segundo investigadores.
O relatório da PF dá conta de que parte dos itens apreendidos ‘fazem referência à offshore Langley Trade Co. AS’.
Entre os documentos, estão escrituras de compra e venda de dois imóveis envolvendo a empresa em paraíso fiscal.
(...) Em um dos documentos, uma promessa de venda e compra de imóvel, mostra que coronel Lima comprou da Langley um apartamento, em 1995, quando a empresa de fachada era administrada por José Aparecido da Silva. (...) Em 2000, o coronel Lima voltou a fazer negócios com a Langley, quando adquiriu justamente o imóvel que foi alvo da busca e apreensão da PF.
Segundo o relatório, ainda foi encontrado um envelope do escritório “CHT Audifores y Consultores”, apontado na Castelhana como uma das empresas uruguaias de Emílio que auxiliavam na ‘blindagem’ das offshores investigadas.
(...) “Observadas as informações apresentadas no item 3.1 deste relatório, considera-se a possibilidade da offshore Langley Trade CO SA ser na verdade de João Baptista Lima Filho e integrar o mesmo esquema denunciado na Operação Castelha. SItuação que colocaria José Aparecido da Silva (...) como um “Iaranja” de João Baptista Lima Filho”, anotou a PF. (...)