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Pimenta: CPI da Lava Jato já! Chega de abusos!

República de Curitiba criou um Estado policial!
publicado 29/07/2020
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(Foto 1: Gustavo Lima/Agência Câmara - Foto 2: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta quarta-feira 29/VII que o banco de dados da Operação Lava Jato com informações sobre 38 mil pessoas, incluindo parlamentares e juízes, “revela um Estado Policial dentro do País”. Por isso, ele defende que a Câmara deve “imediatamente instalar a CPI da Lava Jato".

Pimenta se refere às declarações feitas na véspera pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. "A força-tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram escolhidos. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos”, declarou Aras em transmissão ao vivo organizada pelos advogados do grupo Prerrogativas.

Diante disso, escreveu Pimenta nas redes sociais:

Fatos revelados pelo MPF na live do grupo prerrogativas são extremamente graves e exigem medidas concretas para q sejam apuradas imediatamente. Ministros das Cortes Superiores, Parlamentares e outras pessoas estão neste grupo de 38 mil pessoas monitoradas pela Lava Jato.

Os 50 mil documentos que a Lava Jato possui arquivados em um sistema paralelo, sem controle da PGR ou das Corregedorias, revela um Estado Policial dentro do País. Trata-se de uma afronta ao Estado de Direito e não pode ser tolerado impunemente pelo STF e pelo Congresso.

A Câmara deve imediatamente instalar a CPI da Lava Jato, q já foi lida e aguarda decisão do Rodrigo Maia para iniciar o funcionamento. Ainda hoje, precisamos acionar o STF e o MPF p/ acompanhar as medidas adotadas para investigar e identificar os responsáveis.

A possibilidade de compartilhamento de informações pessoais entre Receita Federal, Lava Jato e PF sem autorização judicial, para criar um banco de dados sobre 38 mil pessoas é criminoso. É uma ‘polícia política’ p/ ser acionada contra todos que não se intimidam aos abusos.