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PMDB enforca o Cunha

Cunha sobrevive no PiG. Até que chegue a tornozeleira...
publicado 25/09/2015
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bessinha era uma vez o cunha

Saiu no Globo:


Cunha marcha para o isolamento no PMDB


Presidente da Câmara negou-se a negociar com o governo e foi atropelado pela bancada do partido na Casa

RIO - Sete meses depois de derrotar o governo, conquistar a presidência da Câmara e se transformar na principal referência da oposição, o deputado fluminense Eduardo Cunha terminou a semana surpreendido com a dimensão do seu isolamento dentro do próprio partido. Se ainda duvidava, teve demonstrações suficientes em Brasília e no Rio durante as últimas 72 horas.

Na quarta-feira, viu-se atropelado pela bancada de deputados federais nas negociações com o governo sobre a participação do PMDB na reforma ministerial.

A presidente Dilma Rousseff pedira ao partido uma lista de indicações para ministérios. Era manobra sem disfarce para arrefecer o ímpeto no Legislativo a favor do impeachment — insuflado por Cunha, a partir da Câmara, em discreto acordo com lideranças do DEM e do PSDB.

O governo começou a semana tentando cooptar os presidentes da Câmara e do Senado. O senador Renan Calheiros aparentou desinteresse. Procurou se manter distante do balcão governamental, mas sugeriu a Dilma procurar o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, seu aliado.

Dilma, em seguida, telefonou a Cunha, oferecendo-lhe possibilidade de conduzir a indicação de novos ministros. Ele seguiu a cartilha da recusa protocolar, com duas diferenças relevantes em relação a Renan: não deixou aberta a porta para entendimento com a bancada na Câmara e, mais tarde, vangloriou-se por ter dito “não” à presidente.

Dilma convocou o líder do PMDB na Câmara. Leonardo Picciani aceitou levar a proposta do governo aos deputados. Quando soube, Cunha chamou Picciani. Propôs união numa veemente recusa à oferta presidencial, se possível por escrito. O líder da bancada refutou, argumentando: “Você é oposição; eu, não. Você quer o impeachment; eu, não”.

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