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Quem embolsou a grana do Duda? Temer, Quadrilha ou Skaf?

Onde estão R$ 4 milhões da Odebrecht para a campanha do presidente da FIE P?
publicado 19/06/2018
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Do Globo Overseas:

À PF, Duda Mendonça diz que Odebrecht pagou mais do que delatou para campanha de Skaf


Os valores dos repasses da Odebrecht, via caixa dois, para a campanha do presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo de São Paulo, em 2014, podem ter sido maiores do que os R$ 6 milhões mencionados no acordo da empreiteira com o Ministério Público Federal. Nos anexos da delação premiada que firmou com a Polícia Federal, o marqueteiro Duda Mendonça sustenta que os pagamentos da Odebrecht à campanha de Skaf chegaram ao menos a R$ 10 milhões.

Desse montante, R$ 6 milhões teriam sido pagos por meio de caixa dois diretamente para Duda e outros R$ 4 milhões teriam sido destinados à empresa Ilha Produções, que também atuou na campanha. A produtora pertence a Paulo Rossi, conhecido como Palu, irmão do líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP). Segundo Duda, ele teria recebido o dinheiro em um hotel em São Paulo, mediante apresentação de uma senha.

Duda afirmou ainda que combinou com representante da Odebrecht formas camufladas de quitar uma parte de seu caixa dois que havia ficado como dívida da campanha peemedebista. Segundo o marqueteiro, a construtora o obrigou a firmar contratos com ela para receber, de forma contabilizada, parte da dívida.

O executivo Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, havia afirmado em seu acordo de colaboração que, na reunião entre o então vice-presidente Michel Temer e Marcelo Odebrecht, ficou acertado um repasse de R$ 10 milhões para o MDB. Deste total, R$ 6 milhões teriam como destino a campanha de Skaf e o restante, R$ 4 milhões, seriam redistribuídos pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. A atuação de Temer nesse caso está sendo investigada num inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Colaboração com o MPF rejeitada
Quando percebeu que também poderia ser arrastado pelas investigações da Lava-Jato, o marqueteiro pagou os impostos relativos ao caixa dois e procurou o Ministério Público e a Polícia Federal para fazer acordo de delação. A delação de Duda, no entanto, foi rejeitada pela Procuradoria-Geral da República, mas acabou sendo acolhida pela Polícia Federal. (...)

Em tempo: o "Quadrilha", segundo o ACM, é o Eliseu, um dos assaltantes do palácio do Planalto; para a FIE P, consultar o trepidante ABC do C Af.