Requião: Odebrecht elege comando do Senado

Mesmo preso pela Lava Jato há um ano e meio o empreiteiro Marcelo Odebrecht deverá indicar o novo presidente e o líder do PMDB no Senado.

A bancada da Odebrecht no Senado é formada pelo “Justiça” (Renan Calheiros), “Caju” (Romero Jucá) e “Índio” (Eunício Oliveira).

Os três senadores peemedebistas foram delatados por executivos da empreiteira. Eles foram acusados de vender leis e medidas provisórias – os jabotis – e de receber propinas em nome do correligionário e ilegítimo presidente Michel Temer.

“A se acreditar na exatidão das denúncias, quem escolhe o futuro presidente do senado e o líder do PMDB é o Marcelo Odebrecht?”, disparou pelo Twitter nesta segunda (26) o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que também está de olho no presidência do Senado.

A eleição para o Senado será no próximo dia 1º de fevereiro de 2017, mas já mexe com os “hormônios” de Marcelo Odebrecht e de sua vasta bancada de parlamentares na Casa.

O senador Renan Calheiros (AL), por exemplo, luta para ficar com a poderosa CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, na pior das hipóteses, com a liderança do PMDB.

Eunício Oliveira, o Índio, sonha coma presidência do Senado. Seria a personificação do poderio e inquebrantabilidade da Odebrecht.

Quem também quer um lugar ao sol é o senador Raimundo Lira (PB), que chegou à Casa pela suplência. Ele ganhou notabilidade porque presidiu a comissão do golpe. Lira igualmente estaria na lista de delação da Odebrecht.

Requião finalizou a sessão de espezinhamentos dizendo que a Odebrecht só não fará a presidência do Senado e a liderança do PMDB caso “entre no jogo alguma empreiteira norte-americana”.