Retrato do Brasil: ladrões cercam a Justiça
Da E para a D: a procuradora-geral Raquel Dodge, a ministra Cármen Lúcia do STF, Eliseu Índio, Botafogo e aquele a quem o ACM se referia como "Quadrilha" (Reprodução: Facebook/Edmilson Rodrigues)
Dos 513 deputados federais, apenas 75 participaram da solenidade de abertura do ano legislativo, na noite de segunda-feira 5/II no Congresso. A quantidade de senadores também foi "pouco expressiva".
Segundo parlamentares, o baixo quórum é sinal de que o governo do MT não terá os 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência.
"A sessão teve cara de enterro, fim de festa. Sabe quando não tem ninguém, porque está todo mundo abandonando o barco?", disse o deputado Sílvio Costa (Avante-PE).
O presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (o Índio da lista de alcunhas da Odebrecht) comandou a cerimônia, ladeado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (o Botafogo da mesma lista) e pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia.
Eunício passou em revista às tropas enquanto subia a rampa do Congresso (Reprodução: Ag. Senado)
Também compartilharam a mesa a procuradora-geral Raquel Dodge e o ministro-chefe da Casa Civil, o primo Eliseu Padilha.
(Portanto, as líderes do STF e da PGR estavam flanqueadas por investigados nos casos Odebrecht e J&F...)
O destaque da solenidade, entretanto, foi o pisão do Careca (no Conversa Afiada também chamado de "maior dos ladrões") no abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência. O documento, com mais de 320 mil assinaturas, foi entregue pela bancada do PSOL.
Nada de fotos! (Reprodução: Facebook/Edmilson Rodrigues e Instagram/Ivan Valente)
Em tempo: o presidente ladrão não compareceu à cerimônia.