Sai Brasil, entra Brazil

Não foi preciso um único tiro para o Brasil protagonizar uma humilhação sem precedentes na história das nações. A rendição da França diante de Hitler dentro de um trem, ou do Japão frente aos aliados num navio, foram mais dignas do que o espetáculo deprimente protagonizado pela comitiva da vergonha dirigida por Jair Bolsonaro.

Como se estivessem maravilhados com a Disneylandia, os títeres de plantão instalados em Brasília não economizaram genuflexões e sessões de beija-mão diante do primeiro americano que encontravam. Agiram como muambeiros que oferecem mercadorias a qualquer preço, de preferência de graça para agradar ao suserano.

Tudo foi entregue: liberdade de visto aos americanos, uma base militar, apoio à invasão da Venezuela - veja o podcast sobre a aliança para realizar a invasão militar -, regalias comerciais impensáveis.

Não se sabe ainda o que mais foi entregue. Quem sabe reabrir os cassinos?

Sabe-se apenas que nada foi negado pelo novo BraZil. Tudo chancelado pela milícia “diplomática” composta por gente como Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, Olavo de Carvalho, Eugênio Araújo e Eduardo Bolsonaro, Sergio Amaral, tucano de varias entregas... .

Regendo a turma de saqueadores da soberania nacional estava lá Steve Bannon, um trapaceiro que nem mesmo Donald Trump aguentou e demitiu.

É pouco? Nada disso. Durante estes dias da comitiva Stella Barros, o BraZil está sendo dirigido por um...vereador! Instalado no Planalto, Carlos Bolsonaro despacha como presidente da República sem a menor cerimônia. Dá ordens, marca audiências, manda no país. Só falta ser recebido pelos Dragões da Independência ao subir a rampa como representante da família usurpadora.

O Brasil, com S, não merece isto, por maiores que sejam os desatinos cometidos em sua história. O povo brasileiro está sendo negociado como se fazia com escravos antes da Lei Áurea. Um retrocesso inacreditável.

Quem ainda tem esperança, aposta que o troco vai ser dado quando tudo isto chegar ao “chão de fábrica”.

A liquidação da aposentadoria será o primeiro verdadeiro teste. Que a oposição se mostre à altura deste combate.

Joaquim Xavier