São Bernardo resiste a virar reboque
Maria Cristina: Lula tem mais chance de embolar o meio do campo
publicado
09/04/2018
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O Conversa Afiada republica do PiG cheiroso original e agudo artigo de Maria Cristina Fernandes:
(...) Lula continua a apostar na corda esticada entre o Judiciário e a legião de réus que vem pela frente. Se prendem um líder popular carregado nos ombros, não terão como se acovardar frente àqueles que vierem a ser implicados por eventuais delações do ex-diretor da Dersa e operador do PSDB, Paulo Vieira de Souza, ou do ex-deputado Eduardo Cunha.
São poucos os que acreditam que a sessão do Supremo, na quarta-feira, possa vir a afrouxar a prisão em segunda instância. Sobra a via legislativa, hoje capitaneada pelo PSDB, para emendar a Constituição, mas esta apenas teria viabilidade depois das eleições, pelo impacto na campanha e pelos condicionantes da intervenção no Rio sobre os trabalhos do Congresso.
Ao esticar a corda, Lula tenta se mostrar onipresente na campanha eleitoral. Seja como elemento aglutinador de um partido que não consegue andar por suas próprias pernas ou pela pressão sobre a legião de réus que depende das urnas para fazer do próximo governo o escoadouro de um salvo-conduto. Emparedado pelas dificuldades em conduzir a sucessão em seu próprio partido a partir da cadeia, Lula partiu para enroscar a campanha alheia no fator cravo-e-ferradura da Lava-Jato.
Tem mais chance de embolar o meio de campo, onde sete candidatos disputam um centro para chamar de seu. A prisão de Lula dá gás a quem chega pelas pontas, de Jair Bolsonaro a Cirо Gomes, passando por Marina Silva e Joaquim Barbosa. Agarrado num Lula limitado a 15 metros quadrados e a um punhado de visitas, o palanque de São Bernardo ainda resiste a virar reboque.
São poucos os que acreditam que a sessão do Supremo, na quarta-feira, possa vir a afrouxar a prisão em segunda instância. Sobra a via legislativa, hoje capitaneada pelo PSDB, para emendar a Constituição, mas esta apenas teria viabilidade depois das eleições, pelo impacto na campanha e pelos condicionantes da intervenção no Rio sobre os trabalhos do Congresso.
Ao esticar a corda, Lula tenta se mostrar onipresente na campanha eleitoral. Seja como elemento aglutinador de um partido que não consegue andar por suas próprias pernas ou pela pressão sobre a legião de réus que depende das urnas para fazer do próximo governo o escoadouro de um salvo-conduto. Emparedado pelas dificuldades em conduzir a sucessão em seu próprio partido a partir da cadeia, Lula partiu para enroscar a campanha alheia no fator cravo-e-ferradura da Lava-Jato.
Tem mais chance de embolar o meio de campo, onde sete candidatos disputam um centro para chamar de seu. A prisão de Lula dá gás a quem chega pelas pontas, de Jair Bolsonaro a Cirо Gomes, passando por Marina Silva e Joaquim Barbosa. Agarrado num Lula limitado a 15 metros quadrados e a um punhado de visitas, o palanque de São Bernardo ainda resiste a virar reboque.