Secretário nega que discurso tenha sido inspirado em Goebbels
Joseph Goebbels, ministro de Hitler, em foto de 1933 (Reprodução/Deutsche Welle)
Após a repercussão sobre seu vídeo publicado no Twitter na noite de quinta-feira 16/I, em que proferiu um discurso semelhante ao do ministro nazista Joseph Goebbels, o secretário de Cultura de Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, recorreu ao seu Facebook para se justificar.
De acordo com o secretário, "o que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota (...) com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte".
Ele continua: "foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém".
Em certo momento do vídeo, o secretário Alvim afirma que "a arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada".
É um trecho muito semelhante a um discurso proferido por Joseph Goebbels, ministro da Cultura e Comunicação da Alemanha Nazista: "a arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".
Isso sim é coincidência retórica...
Assista abaixo ao vídeo do secretário Alvim:
Reprodução: Twitter/@CulturaGovBr
Em tempo: segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, em seu Twitter: "tá liberado chamar o governo de nazista. Toma-se todo cuidado para não comparar Bolsonaro a Hitler. Mas aí seu secretário da Cultura, Roberto Alvim, grava vídeo copiando Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler. Já que o governo saiu do armário, chamemos as coisas por seu nome".
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