Sem rumo, Bolsonaro não sabe quem colocar na vaga de Mandetta
“Não há o risco de a troca de comando no Ministério da Saúde dar certo." Crédito: Metrpoles
A saída de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) do Ministério da Saúde é questão de (pouco) tempo. O ministro, inclusive, já avisou a sua equipe.
Quem o substituirá ainda não se sabe. Segundo o Estadão, uma solução provisória seria colocar o "número 2" do ministério, João Gabbardo, no cargo de ministro.
A leitura é de que a troca seria menos traumática para o momento que apostar no deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é radicalmente contra a estratégia de isolamento social para combater a doença, como hoje defende o ministério.
Ainda de acordo com a publicação, circula uma lista de possíveis nomes para substituir Mandetta:
- Antonio Barra Torres - médico, contra-almirante e presidente substituto da Anvisa;
- Ludhmila Hajjar - diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia;
- Claudio Lottemberg - Presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein;
- Nise Yamaguchi - Oncologista e imunologista defensora do uso da cloroquina para pacientes com sintomas leves da covid-19
Sem risco de dar certo
No UOL, o colunista Josias de Souza falou da troca no Ministério da Saúde:
“Não há o risco de a troca de comando no Ministério da Saúde dar certo."
“Bolsonaro está diante de duas alternativas: ou acomoda na poltrona da Saúde um nomão da medicina ou entrega o assento a um bajulador. Se conseguir atrair um figurão respeitado, trocará seis por meia dúzia. E o problema ficará do mesmo tamanho. A dicotomia que infectou suas relações com Mandetta continuará no ar."
Se Bolsonaro optar pela nomeação de um devoto da sua teoria da ‘volta à normalidade’, a gestão científica da crise do coronavírus, adotada a redor do mundo e aprovada pela maioria dos brasileiros, sofrerá um cavalo de pau. E o problema da dubiedade será substituído por outro mais grave: a unidade em torno do equívoco.”