Sem vacina, distanciamento social intermitente pode ser necessário até 2022
(The Philadelphia Inquirer)
O mundo deve manter medidas intermitentes de distanciamento social até 2022 a fim de evitar que o novo coronavírus continue a colocar em risco os sistemas de saúde. É o que conclui um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que acaba de ser publicado pela revista Science.
Como lembra a Folha de S.Paulo, "as incertezas são grandes, a começar pelo fato de que ainda não está claro como ficará a imunidade das pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram. Mas, considerando tudo o que sabe sobre os parentes do vírus que circularam ou ainda circulam pelo planeta, a resistência ao parasita, criada por uma primeira infecção que o organismo debelou produzindo anticorpos, será temporária, durando apenas um ou dois anos. Essa é, por exemplo, a escala de tempo da imunidade ao causador da Sars, 'primo' do patógeno causador da atual pandemia".
Também será preciso entender o impacto de medidas como medicamentos e vacinas - até aqui, vale lembrar, não há estudos conclusivos nessa direção.
Nessas condições, a tendência é de que o novo coronavírus passe a circular todos os anos, ou a cada biênio, assim como os outros coronavírus que hoje causam formas de resfriado (em geral, com sintomas leves ou moderados).