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Senadora assume presidência da Bolívia de forma irregular

Trump e Bolsonaro reconhecem governo ilegítimo
publicado 13/11/2019
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A senadora Jeanine Áñez (Reprodução: Facebook)

A senadora Jeanine Áñez, do partido de centro-direita Movimento Democrata Social (MDS), assumiu provisoriamente a presidência da Bolívia.

Áñez, a segunda vice-presidenta do Parlamento boliviano, tornou-se o primeiro nome da linha de sucessão à presidência, após a renúncia de Evo Morales no dia 10/XI, seguido por seu vice-presidente Álvaro Linera e pelos demais líderes do Congresso.

A senadora Áñez, entretanto, foi alçada ao cargo de forma irregular: a sessão do Parlamento que aprovou sua posse como presidenta contou com apenas um terço dos congressistas. O MAS, Movimento Ao Socialismo, o partido de Evo Morales, não compareceu à votação.

Os governos de Jair Bolsonaro no Brasil e de Donald Trump nos EUA já reconheceram a senadora Áñez como presidente interina da Bolívia. "Essa é a nossa percepção, de que a Constituição boliviana está sendo seguida", disse o chanceler brasileiro Ernesto Araújo.

Em seu Twitter, o presidente legítimo Evo Morales declarou: "Foi consumado o golpe mais baixo e nefasto da história. Uma senadora da direita golpista se autoproclama presidenta do Senado e, em seguida, presidenta interina da Bolívia - sem quórum legislativo, rodeada por um grupo de cúmplices e acompanhada pelas Forças Armadas e pela Polícia que reprimem o povo".

Em tempo: sobre o Golpe na Bolívia, veja a análise do jornalista Rodrigo Vianna à TV Afiada: Golpe na Bolívia é racista e fundamentalista!

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