Serra tem certeza de que não irá em cana!
O ansioso blogueiro passa a reproduzir email que recebeu de amigo navegante que cultiva a culinária italiana:
"Ansioso, nesse sinistro sábado 2 de março, quando em São Bernardo a Direita fascista e Judicial se regozijava com a humilhação a que submeteram o Lula, em São Paulo chovia como no segundo ato do Rigoletto, diria o Nelson Rodrigues.
Nessa cidade do Congo Belga, as árvores podres caem na cabeça dos moradores, porque a poda cabe à companhia de energia (privatizada pelos tucanos ladrões ou ladrões tucanos, tanto faz).
E a companhia de energia (que de enérgica não tem nada, porque os apagões são mais frequentes que em Brazavile) corta os galhos que ameaçam os fios e permitem que as arvores caiam na cabeça dos trouxas que passam por baixo.
Eu me refugiei num restaurante de imerecida fama num bairro nobre da cidade congolesa.
Fiquei na janela para acompanhar a passagem dos corpos e dos troncos.
Bem à minha frente, do outro lado da rua alagada, um outro restaurante.
Supresa: entram lado a lado no restaurante à minha frente o Andrea Matarazzo, serviçal do Serra e embaixador do Brasil na Itália, e o presidente do Supremo, o ministro de todos os governos, o Nelson Johnbim.
Johnbim serviu e servirá a todos os presidentes e até ao presidente do BTG-Pactual.
Johnbim confessou que redigiu ele próprio, sozinho, um artigo da Constituição de 1988 e está solto!
Mas, isso faz parte de outra tempestade.
Estava eu a meditar sobre as patifarias do Governo Fernando Henrique e sua troupe, quando assisto a cena apavorante, um espetáculo de horror!
Sai de um carro preto um homem de preto.
Cambaleava.
Curvado para a frente.
Um passo não seguia naturalmente o anterior.
O rosto rasgado de linhas profundas e longas se destacava da careca que avança, inexorável.
E dirigiu-se para a mesa onde se abrigavam, já, o Andreazinho e o Johnbim.
Pensei em pedir a conta e ir embora, rápido, antes que os maus eflúvios espatifassem o vidro que me protegia e me rasgassem o rosto, como um jacarandá mortífero.
Quis ir embora imediatamente.
Mas, um outro vulto me pareceu dirigir-se ao mesmo sinistro destino.
Contive-me.
Gordo, careca, de calça cáqui e camisa azul.
Parecia ser o Elio Gaspari.
Aquele que você apelidou de Historialista.
Paguei a conta e saí!
Sobrevivi para lhe dirigir essas linhas.
O que comprova a tese de que o Serra... não vem ao caso!
Depois de todas as notícias que incriminam o laranja do Serra, ele ousa sair às ruas e ir jantar fora, num restaurante conhecido, numa rua movimentada.
Ele não tem nada a esconder.
Nem a temer.
Saudações!
Navegante sobrevivente
Em tempo: suas TVs Afiadas estão muito boas!"
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