STF 8 a 3: a maior reforma política
A decisão Suprema e irrevogável de interditar o acesso de grana das empresas na eleição é a maior das reformas políticas que o Congresso - supostamente - precisa aprovar para atender às supostas demandas dos marchadeiras de 2013.
Aqueles que eram incentivados pela Globo e as suaves apresentadoras da GloboNews: "a ponte Rio-Niteroi é em frente à direita", dizia a âncora em êxtase orgasmático.
A reforma é essa do Supremo.
Que o Gilmar tentou impedir por mais de um ano.
Agora, quem quiser contribuir vai ter que ser na pessoa física.
Isso vai democratizar e baratear a eleição.
A eleição brasileira não será mais como a americana, em que os candidatos não disputam voto mas a preferência de cinco mega-financiadora.
Ou seja, vai reduzir a maquiagem dos candidatos no horário eleitoral.
Vai aproximar o candidato pobre do partido pobre do bilionário Eduardo Cunha.
Como demonstrou o Julio Camargo, o Cunha precisava desesperadamente de dinheiro para azeitar a campanha de sua bancada de 146 heróis da grana na política.
E vai ferrar o PSDB - daí o desespero do ministro (sic) Gilmar - , porque o PSDB vive de grana de empresa.
E vai beneficiar partidos - PT, PCdoB, PDT - que tem base, raiz popular.
A eleição será mais democrática, mais autêntica, vai depender menos da grana.
Por isso o ministerial destempero.
Vai depender mais das contribuições de baixo valor unitário, na internet, no corpo-a-corpo.
Porque a Direita não gosta de Democracia nem de eleição.
Gosta do Poder.
Paulo Henrique Amorim