STF condena Paulinho da Força a 10 anos de prisão
(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O deputado federal Paulinho da Força (SP), um dos líderes do Centrão e novo aliado de Jair Bolsonaro, foi condenado nesta sexta-feira 6/VI, em sessão virtual da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a 10 anos e 2 meses de prisão – com início do cumprimento de pena em regime fechado — por crime contra o Sistema Financeiro Nacional e pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ele foi denunciado em 2012 pela Procuradoria Geral da República (PGR). A denúncia foi acolhida pelo STF em 2015. A PGR sustenta que o deputado atuou para beneficiar empresas no BNDES. Também afirma que Paulinho indicou nomes de sua confiança para o Conselho de Administração do BNDES, em vaga destinada à Força Sindical, entidade controlada pelo deputado.
Depois que o BNDES autorizava os financiamentos, ainda de acordo com investigadores, o grupo apresentava notas que seriam falsas para justificar gastos e desviar recursos.
No STF, votaram pela absolvição de Paulinho os ministros Alexandre de Mores e Marco Aurélio Mello. Já os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber votaram por condená-lo.
A defesa do deputado nega que ele tenha cometido crime e informou que vai recorrer da decisão ao plenário do Supremo.