Temer vai dançar miudinho com o Renan e o Cunha
Brito: Delcidio se ferra, ferra o PSDB e Renan corre para o abraço - PHA
publicado
10/05/2016
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Cunha e Renan saem mais fortes com o “dominado” Maranhão. E Temer, mais fraco
A atitude de Waldir Maranhão de revogar a decisão que tomara horas antes é muito mais envergonhante para as instituições que para o próprio deputado, que dificilmente terá qualquer prejuízo com uma eventual expulsão do PP, que é, como se sabe, um conglomerado que não resiste a dois dias de “vem ao caso” na Lava Jato.
Foi o impensável em matéria institucional que, não fosse a revogação da ordem do presidente da Câmara, criaria um conflito procedimental que só poderia ter uma resolução no STF, também não estivesse ele – serei generoso – a um centímetro de entrar na conta do “tá dominado, tá tudo dominado” do golpismo.
Nem vou tratar do massacre que lhe fez a mídia que o Paulo Henrique Amorim já descreveu:
O Presidente da Câmara não é o energúmeno que o PiG descreveu. Waldir Maranhão foi Reitor da Universidade Estadual do Maranhão. Se fosse mais branco e tivesse um sobrenome ítalo/paulista, ou um germânico/gaúcho não teria sido vítima de discriminação, como foi!
Trato apenas da vergonha do Senado, de tratar um ato do presidente da Câmara como lixo (o que, aliás, jámais mereceram os detritos de lá enviados por Eduardo Cunha, em votações marotamente repetidas) e de, na mesma sessão, atropelar a Comissão de Constituição e Justiça e obrigá-la, publicamente, a entregar à vontade de Renan Calheiros a degola, hoje, de Delcídio do Amaral.
Embora possa ter tido o efeito saneador de abortar o acordo que os tucanos costuravam, em troca de uma “aliviada” ao PSDB na metralhadora de lama disparada pelo rato delator, foi um sinal de que, ao longo de meses de processo, Renan exigirá o mando que lhe cabe na condição de fiador da conclusão formal do plano golpista.
O outro grande vencedor é Eduardo Cunha. Tenha sido ou não o inspirador da atitude de Maranhão, obteve do episódio o que queria.
Mostrou a Michel Temer que, sem ele, não tem negócio na Câmara.
Como Renan mostrou o mesmo no Senado, o “ex-vice-presidente decorativo”, depois golpista ativo, vai ter de “cantar miudinho” com os dois.
E resolver o “probleminha” de Cunha de não ser cassado no Conselho de Ética da Câmara, sem o que perderia o foro privilegiado. Perderia, porque do jeito que as coisas andam no STF já não se descarta nenhuma exceção às regras.
E o de de Romero Jucá, que quer a Vale.
E o de Moreira Franco, que quer muito mais.
E o de José Serra, que quer a Fazenda.
E o de Henrique Meirelles, em meio a tudo isso dizendo para os mercados mundiais:
– O Brasil recuperou sua credibilidade…
As ruas pegando fogo serão a maior prova disso…
Foi o impensável em matéria institucional que, não fosse a revogação da ordem do presidente da Câmara, criaria um conflito procedimental que só poderia ter uma resolução no STF, também não estivesse ele – serei generoso – a um centímetro de entrar na conta do “tá dominado, tá tudo dominado” do golpismo.
Nem vou tratar do massacre que lhe fez a mídia que o Paulo Henrique Amorim já descreveu:
O Presidente da Câmara não é o energúmeno que o PiG descreveu. Waldir Maranhão foi Reitor da Universidade Estadual do Maranhão. Se fosse mais branco e tivesse um sobrenome ítalo/paulista, ou um germânico/gaúcho não teria sido vítima de discriminação, como foi!
Trato apenas da vergonha do Senado, de tratar um ato do presidente da Câmara como lixo (o que, aliás, jámais mereceram os detritos de lá enviados por Eduardo Cunha, em votações marotamente repetidas) e de, na mesma sessão, atropelar a Comissão de Constituição e Justiça e obrigá-la, publicamente, a entregar à vontade de Renan Calheiros a degola, hoje, de Delcídio do Amaral.
Embora possa ter tido o efeito saneador de abortar o acordo que os tucanos costuravam, em troca de uma “aliviada” ao PSDB na metralhadora de lama disparada pelo rato delator, foi um sinal de que, ao longo de meses de processo, Renan exigirá o mando que lhe cabe na condição de fiador da conclusão formal do plano golpista.
O outro grande vencedor é Eduardo Cunha. Tenha sido ou não o inspirador da atitude de Maranhão, obteve do episódio o que queria.
Mostrou a Michel Temer que, sem ele, não tem negócio na Câmara.
Como Renan mostrou o mesmo no Senado, o “ex-vice-presidente decorativo”, depois golpista ativo, vai ter de “cantar miudinho” com os dois.
E resolver o “probleminha” de Cunha de não ser cassado no Conselho de Ética da Câmara, sem o que perderia o foro privilegiado. Perderia, porque do jeito que as coisas andam no STF já não se descarta nenhuma exceção às regras.
E o de de Romero Jucá, que quer a Vale.
E o de Moreira Franco, que quer muito mais.
E o de José Serra, que quer a Fazenda.
E o de Henrique Meirelles, em meio a tudo isso dizendo para os mercados mundiais:
– O Brasil recuperou sua credibilidade…
As ruas pegando fogo serão a maior prova disso…